Sabes de uma coisa? Gosto de ti e espero que a nossa amizade seja daquelas que vai durar até termos muitos cabelos brancos, trezentas e quarenta dioptrias e não sei quantas dores lombares. Porque de certeza absoluta que nessa altura iremos olhar para estas palavras que agora começamos a escrever e nos lembraremos de todos os pormenores, dos cafés, dos domingos matinais sempre com Sol, das viagens por todo o lado, dos encontros e desencontros, e de tudo aquilo que acabou por fazer com que nos cruzássemos nesta vida. Volto a dizer, gosto de ti, minha querida amiga.
sábado, setembro 02, 2006
Círculos e círculos
O que é que faz nascer uma amizade? O que é que pode criar uma empatia entre duas pessoas ao ponto de decidirem confiar uma na outra coisas que não confiariam a mais ninguém? Se calhar tudo começa por as duas pessoas trabalharem juntas, ou porque alguém as apresentou, ou porque se conheceram num concerto. Serão vizinhos? Também pode acontecer, ou pelo menos, morarem na mesma cidade, vila ou aldeia. Também se pode dar o caso de terem uma experiência comum de tal modo intensa que a partir do momento em que se sentam a uma mesa do café, quase que instantaneamente se forma uma conversa com muitos pontos de contacto. Experiências tão diferentes mas que por o serem acabam por ter muitas semelhanças. Se dantes a geografia tinha um papel relevante nas raízes que uma eventual amizade podia formar (quase como amantes, também os amigos precisavam da proximidade física:-), hoje em dia os telemóveis, o e-mail , o messenger, os blogues e um sem-fim de outras artimanhas servem para nos mantermos a par do que se passa com a nossa amizade, se está bem ou não, se está com muito trabalho ou se as férias estão a correr bem. Deste modo, eu tenho uma visão positiva desta tecnologias ditas "desumanizantes". É o tipo de coisas que me permite ter amizades em Lisboa, no Porto, no Algarve, em Seul, em Luanda, em Toronto, e em outros sítios tão estranhos como estes. Mas, e escrever? Confesso que a última vez que escrevi, via postal tipo CTT, foi no último Natal. Decidi enviar postais escritos a quase todos os meus familiares e esquecer ou pôr de lado os telefonemas (pelo menos só liguei para saber as moradas:-). E isto apenas aconteceu porque entretanto, com esta coisa do blogue e tal, voltei a pegar em cadernos iniciados e nunca acabados, voltei ao vício de escrever em guardanapos de papel e enfiá-los em quase todos os bolsos das calças de ganga, e a deixar papeis espalhados pela casa toda, às vezes apenas com meias frases, à espera de melhores dias de inspiração. Mas isto tudo para chegar ao ponto da escrita com amizade. Dois prazeres que a partir de Agosto de 2006 ficam unidos com alguém que, apesar de ser uma amizade recente, me conseguiu surpreender e deixar ficar quase sem palavras, à parte destas.
Sabes de uma coisa? Gosto de ti e espero que a nossa amizade seja daquelas que vai durar até termos muitos cabelos brancos, trezentas e quarenta dioptrias e não sei quantas dores lombares. Porque de certeza absoluta que nessa altura iremos olhar para estas palavras que agora começamos a escrever e nos lembraremos de todos os pormenores, dos cafés, dos domingos matinais sempre com Sol, das viagens por todo o lado, dos encontros e desencontros, e de tudo aquilo que acabou por fazer com que nos cruzássemos nesta vida. Volto a dizer, gosto de ti, minha querida amiga.
Sabes de uma coisa? Gosto de ti e espero que a nossa amizade seja daquelas que vai durar até termos muitos cabelos brancos, trezentas e quarenta dioptrias e não sei quantas dores lombares. Porque de certeza absoluta que nessa altura iremos olhar para estas palavras que agora começamos a escrever e nos lembraremos de todos os pormenores, dos cafés, dos domingos matinais sempre com Sol, das viagens por todo o lado, dos encontros e desencontros, e de tudo aquilo que acabou por fazer com que nos cruzássemos nesta vida. Volto a dizer, gosto de ti, minha querida amiga.
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2 comentários:
Outrora, eu também pensei que a amizade fosse possível com alguém que não conhecemos - mas, por azar, constatei que isso funciona como a fé,ou seja, a paixão torna-se igual à fé, é um dogma, não é preciso realidade, contacto, vivência, para que se construa. Só que, em relação à amizade, há uma coisa fundamental chamada "tempo" - por isso, caso esse tempo não se passe e finjam que são amigas, as pessoas não têm alternativa senão a desilusão, torna-se só uma questão de tempo.
Porque sou teu amigo é que te estou a avisar. Faz o que quiseres, mas não te esqueças que foste avisado.
Um abraço
Um desconhecido conhecido e amigo!
Eu acho é que andas um bocado confuso... Mas pronto, que hei-de eu fazer se nem sequer te conheço? Olha, desejo-te as melhoras...
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