quinta-feira, março 28, 2013

Páscoa 2

Levantaram-se. Os dois ao mesmo tempo. Tinham trocado um último olhar cúmplice antes de o fazerem e isso tinha sido o suficiente para saberem o que se iria seguir. Levantaram-se, deram as mãos e dirigiram-se para a porta da sala, ignorando os olhares surpresos de todos os que os ficaram a ver. Todos acompanharam a sua saída com ar estupefacto e, ao mesmo tempo, invejando a sua decisão. A reunião pareceu ficar suspensa, todos sem saberem muito bem o que fazerem. Sentados à volta de uma longa disposição de mesas em semi-círculo, todos os formandos desviaram o olhar da apresentação, hipnotizados que estavam pela fuga dos seus dois colegas. Os slides da apresentação continuaram a passar enquanto o formador olhava também as duas pessoas a saírem pela porta da sala de reuniões, incapaz de dizer o que quer que fosse. Todos sem reacção. Apenas eles os dois sabiam o que tinham de fazer. Darem as mãos, saírem daquela sala e irem lá para fora, viverem a vida que sempre desejaram viver. Longe de reuniões, formações, objectivos, pressões, inimizades, tudo aquilo que agora tinham e com o qual já não conseguiam viver. Aliás, e ambos pensavam assim, a única coisa boa que aquela vida lhes tinha trazido era o conhecimento um do outro e o amor que entre eles tinha nascido. Á medida que fechavam a porta atrás de si, ouviam os comentários dos seus colegas, o que estavam eles a fazer, onde é que iam, não sabiam que estavam a um passo do despedimento, tudo falsas preocupações de pessoas que não passavam de completos desconhecidos daquilo que eles os dois realmente eram. Tanto ele como ela, ainda de mãos dadas, não conseguiam evitar um enorme sorriso enquanto ouviam o trinco da porta que se fechava atrás deles. O sorriso de quem ia começar uma nova vida ao lado de alguém que finalmente o(a) compreendia como ninguém...

quarta-feira, março 27, 2013

Páscoa

Será normal ter sonhos românticos entre pessoas que nunca conhecemos na vida, para lá de um filme passado a altas horas da noite num qualquer canal de televisão?

Talvez que seja melhor ter sonhos assim do que não sonhar de todo.

Talvez que assim seja menos solitário ou, melhor dizendo, menos acabrunhado nos meus sonhos mais estranhos, aqueles dos quais desperto de forma inesperada, tanto assim que não sei se realmente acordei, uma vez que passados minutos estou outra vez imerso neles, sem saber o porquê disso acontecer.

Talvez que seja da chuva, das nuvens escuras, ou simplesmente do tempo livre que o meu cérebro também aproveita para descansar e pregar-me estas partidas imaginárias.

Deve ser da quaresma, com toda a certeza.

Venham sonhos mais normais, asap.


segunda-feira, março 11, 2013

Beatriz

Simplesmente Beatriz. Uma Mulher com um coração, uma força, uma coragem que nos deixa à beira das lágrimas. Há poucas assim. Para ti, num dia tão especial como o teu aniversário, deixo estas poucas mas sentidas palavras. Viverás agora e sempre, mesmo quando já não estiveres aqui. Que a tua saúde seja tão grande como o amor que tenho por ti.


 


domingo, março 10, 2013

Da música portuguesa.

Seja no Coliseu dos Recreios de Lisboa a semana passada,


onde vi e ouvi um David Fonseca com uma voz e um sentido de espectáculo verdadeiramente impressionantes, com um corpo de canções que já fazem realmente parte de um período de dez anos da minha vida, com gente a rodos a cantarem a plenas pulmões as músicas tão bem tocadas por uma banda excelente,

seja no Centro de Artes do Espectáculo de Portalegre ontem à noite,



onde os Virgem Suta, versão a dois multi-instrumentistas, puseram o público a trautear, a cantar, a gritar, a aplaudir e finalmente a juntarem-se-lhes no palco, dizia eu a cantarem canções que tanto devem ao fado, como ao folclore, ao cantar alentejano, ao tango, a tantas e tantas coisas que irremediavelmente nos põem a bater o pé ao compasso, canções polvilhadas de letras irónicas, engraçadas, corrosivas, carregadas de um sentimento de portugalidade maravilhoso,

seja em que sítio fôr, em que língua fôr, a música portuguesa está de boa saúde e teima em contrariar mesmo os tempos mais negros que vivemos. E, falo por mim, sem música desta qualidade seriam ainda mais negros. Um grande bem hajam a todos os David Fonseca e Virgens Sutas deste país e que nunca baixem os braços.

E no próximo sábado há mais. Há mais um reencontro com um grande senhor da nossa música portuguesa e já sei que vou cantar baixinho quase todo o concerto. Até já, sr. Palma!



Sim, é isto mesmo

"A recurring dream is a dream which is experienced repeatedly over a long period.
A person who experiences post-traumatic stress disorder may have recurring dreams about the traumatic event.
The subjects of recurring dreams vary, and they often include events or settings from the dreamers' own experiences. The following examples are common:
  • The sensation of falling
  • Flying
  • Being held down or otherwise unable to move (compare sleep paralysis)
  • Nakedness in a public place
  • Being held back in school or failing a test
  • Losing teeth or the ability to speak
  • Escaping or being caught in a tornado/storm
  • Drowning, or otherwise not being able to breathe
  • Finding lost items
  • Finding new rooms in one's house
  • Unable to turn on the lights in one's house
Many of the dreams listed above, such as flying, falling sensations, or everyday activities (turning on/off lights) would be classified as hypnagogic hallucinations. Hypnagogic hallucinations are vivid sensations that occur between being awake and just falling asleep .[1]
Like any dream, recurring dreams have invited many interpretations."

(in Wikipedia)


Agora só preciso saber o que é que abrir um café poderá alguma vez ter a ver com isto....