domingo, março 10, 2013

Da música portuguesa.

Seja no Coliseu dos Recreios de Lisboa a semana passada,


onde vi e ouvi um David Fonseca com uma voz e um sentido de espectáculo verdadeiramente impressionantes, com um corpo de canções que já fazem realmente parte de um período de dez anos da minha vida, com gente a rodos a cantarem a plenas pulmões as músicas tão bem tocadas por uma banda excelente,

seja no Centro de Artes do Espectáculo de Portalegre ontem à noite,



onde os Virgem Suta, versão a dois multi-instrumentistas, puseram o público a trautear, a cantar, a gritar, a aplaudir e finalmente a juntarem-se-lhes no palco, dizia eu a cantarem canções que tanto devem ao fado, como ao folclore, ao cantar alentejano, ao tango, a tantas e tantas coisas que irremediavelmente nos põem a bater o pé ao compasso, canções polvilhadas de letras irónicas, engraçadas, corrosivas, carregadas de um sentimento de portugalidade maravilhoso,

seja em que sítio fôr, em que língua fôr, a música portuguesa está de boa saúde e teima em contrariar mesmo os tempos mais negros que vivemos. E, falo por mim, sem música desta qualidade seriam ainda mais negros. Um grande bem hajam a todos os David Fonseca e Virgens Sutas deste país e que nunca baixem os braços.

E no próximo sábado há mais. Há mais um reencontro com um grande senhor da nossa música portuguesa e já sei que vou cantar baixinho quase todo o concerto. Até já, sr. Palma!



2 comentários:

PenaBranca disse...

pois, por causa desses e de outros senhores há coisas que não nos saem da cabeça, não é?

e venha o sol e mais uma ginja do sítio do costume para afastar os dias negros.

Nuno Guronsan disse...

E acredita que os dois concertos se centraram exactamente à volta disso mesmo: afastar os dias negros e devolver um pouco de alegria aos nossos dias...

Haja gente assim!