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segunda-feira, novembro 16, 2009

Ondas Sonoras - XXXVIII

Para mim, foi muito bom. E será sempre uma opinião pessoal. É uma das bandas que há mais tempo me acompanha musicalmente. A primeira música que me lembro de ouvir deles foi o Just Can't Get Enough. Fui ver e a data do single é de 1981, teria eu cinco ou seis anos. Era uma música festiva, alegre e adorei imediatamente. Como mais tarde iria adorar também as músicas mais escuras, negras que iriam criar.

Everything Counts, People Are People, Master And Servant, Somebody, Shake The Disease, Stripped (cantada a plenos pulmões, no sábado), A Question Of Time (com o Dave a rodopiar como um maníaco, no sábado), Strangelove, Never Let Me Down Again (magnífica, no sábado), Behind The Wheel (com aqueles sons que batem fundo no coração, como no sábado), três discos seguidos que guardo religiosamente ainda em formato cassete, o ao vivo 101 (que, no sábado, me passou inúmeras vezes pela cabeça, na altura em que o gravei estaria longe de pensar que iria vê-los também ao vivo), a obra-prima Violator, com as sublimes Personal Jesus, Enjoy The Silence, Policy of Truth e World In My Eyes (todas elas tocadas no sábado, e só com elas fiquei completamente nas nuvens), e o étereo Songs Of Faith And Devotion (com I Feel You e Walking In My Shoes a deixarem-me quase rouco), e tantas outras músicas que ao longo dos anos me continuaram a fazer ouvir os Depeche Mode, mesmo quando já não pareciam ter a fama de outros tempos, Home (melhor momento de Martin Gore ao microfone, no sábado), Barrel Of A Gun, It's No Good (outra cantada de fio a pavio pelo público que esgotou o pavilhão atlântico no sábado), Only When I Lose Myself, Dream On, I Feel Loved, Precious (também presente no sábado), Suffer Well, John The Revelator, e as novas músicas que também me têm conquistado aos poucos e que abriram o concerto, In Chains, Wrong e Hole To Feed.

São quase trinta anos de música e se os Depeche Mode fossem a tocar todas aquelas que eu gostaria de ouvir, o concerto teria durado a noite inteira. Assim, deixaram-nos com duas horas de memórias, refrões inesquecíveis, aplausos intermináveis, gargantas a cantarem bem alto, músicas que continuam brilhantes mesmo com o passar dos anos.

Foi muito bom. E foi um daqueles momentos de felicidade tola. Mas valeu a pena.




sábado, novembro 14, 2009

Mais logo (espero eu)



Esta é mesmo muito especial. Portanto, se os senhores decidirem tocá-la, serei uma pessoa muito, muito feliz. Eu sei, é pouca coisa para se ser feliz, mas pronto, eu assumo, hoje sou mesmo nostálgico e não, não tem só a ver com a música. Vou mesmo ser transportado para um passado, um passado que foi também ele feliz. E recordar tempos felizes, deve deixar um resquício de felicidade dentro de nós, não? Meet you there, Dave, Martin and Fletch.


quinta-feira, março 05, 2009

Blues

Isto de ser confrontado com as nossas amarguras via éter tem muito que se lhe diga. Até porque o que foi dito até trazia consigo uma certa aura de pan-pipes que normalmente apenas causa o escárnio e mal-dizer. O problema... O problema acaba por ser o piloto automático. Se este não existisse, mesmo com obras de ampliação, lama e vidros a precisar de água, talvez o cérebro estivesse mais desligado ou mais concentrado no caminho, e assim não lhe desse para o denaveio súbito, acabando por fazer uma tempestade num copo de água que, sinceramente, já não bebia há algum tempo. E de repente a sede fez-se rio de lágrimas amargas, daquelas que preferimos não conhecer, mas que a vida madrasta nos faz questão de recordar, talvez para melhor sabermos que não há nada eterno, nem as tristezas nem as alegrias, tudo está sempre à beira de um precípicio, ou melhor, de uma montanha-russa que eventualmente nos devolva à casa de partida.

Estou ao lado.

E vou largar a oxigénio de lado.

Wrong time. Wrong theories. Wrong page.

segunda-feira, dezembro 29, 2008

O silêncio

Tudo o que eu sempre quis
Tudo o que eu sempre precisei
Está aqui, nos meus braços
Palavras são desnecessárias
Elas apenas podem magoar

(Porque no nosso íntimo voltamos sempre às coisas que nos devolvem o conforto de outros tempos. Tempos em que fomos mais felizes do que nos apercebemos na altura. É bom relembrá-los, sem amargura pelo que entretanto passou, sem arrependimentos nem desejos de ter feito as coisas de outra forma. Apenas ficar a sonhar acordado, embalado pelos mesmos sons de antigamente. Hoje lembrei-me de ti, meu amor.)

sexta-feira, outubro 21, 2005

Ondas Sonoras

Se há uma banda capaz de personificar o "remar contra a corrente" no difícil e por vezes pouco proveitoso panorama musical nacional, essa banda são os The Gift. Apesar de hoje em dia os seus discos já serem distribuídos por uma multinacional, eles continuam a ter o controlo criativo sobre tudo o que os rodeia, inclusivé a editora que por eles foi formada.
 
Só isto já seria de louvar, mas depois temos a música. E a música é de uma beleza inconfundível que nos envolve e nos deixa quase num transe electrónico. Seja com ambientes luminosos ou outros mais escuros, os Gift conseguem uma originalidade e sensibilidade pop que nos deixa a trautear as suas músicas muito depois de as ouvirmos. Não tenho dúvidas que daqui a uns anos também recordaremos com saudade músicas como "Ok, Do You Want Something Simple?", "Question Of Love", ou o mais recente "Driving You Slow".
 
Outra coisa que sobressai é a sua honestidade enquanto músicos. Ao olharmos para a música dos Gift tanto podemos ouvir ecos do passado (Depeche Mode) como sons do presente (Zero 7), mas os próprios Gift resolvem essas dúvidas. Na música "1977", do último album "AM-FM", levam-nos numa viagem no tempo, onde nos vão revelando as suas influências e, ao mesmo, prestam-lhes tributo (Smiths, Radiohead, etc). Boas companhias, é verdade, e cujo toque de génio parece contagiar a música dos Gift, especialmente no último album, uma verdadeira jóia que não tem largado a minha aparelhagem.
 
Como eles próprios nos dizem, "I'm doing it for music, I'm doing it for love..."