Uns senhores. É isto apenas que tenho para dizer. Tenho de os voltar a ver em concerto, urgentemente. Um concerto do caralho, perdoem-me a expressão.
Mostrar mensagens com a etiqueta Dead Combo. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Dead Combo. Mostrar todas as mensagens
domingo, abril 06, 2014
O gangster, o cangalheiro e o falso alentejano
Uns senhores. É isto apenas que tenho para dizer. Tenho de os voltar a ver em concerto, urgentemente. Um concerto do caralho, perdoem-me a expressão.
quinta-feira, novembro 05, 2009
Festa

O relato oficial fica por aqui. Eu fico-me pelas palavras do pai do João, que ontem foi não uma homenagem, mas sim uma festa da música, a música pela qual o João tinha uma paixão do tamanho do mundo, e que onde quer que esteja, o João está contente, feliz, com todas as pessoas e músicos que ontem se juntaram para celebrarem essa paixão que ele manteve até nos deixar. E que ele tenha sentido que todos os muitos aplausos que ontem se ouviram foram para ele, e ao mesmo tempo uma forma de adiarmos as lágrimas e olhos húmidos com que todos saímos do auditório. Arrepiante, lindo, indescritível.
(Puta de vida, merda de vida... porque é que os bons nos deixam sempre demasiado cedo?)
Selos:
A Naifa,
Dead Combo,
Gaiteiros de Lisboa,
João Aguardela,
Megafone,
Oquestrada,
Sitiados
sábado, outubro 31, 2009
Homenagem

Obrigado, prima. Não podia haver melhor prenda fora-de-horas do que a oportunidade de celebrar a vida de alguém que tanto deu à música portuguesa. Viverás para sempre, João.
Selos:
A Naifa,
Dead Combo,
Gaiteiros de Lisboa,
João Aguardela,
Megafone,
Oquestrada,
Sitiados
sexta-feira, janeiro 30, 2009
Chain-blog 4.5.6.0
(compilação de uma série de "correntes" para as quais fui intimado numa única "posta")
8 desejos, sem qualquer ordem hierárquica:
Uma foto que eu tenha tirado:

Uma banda da minha preferência, podem ser estes senhores:

As respostas às dúvidas existenciais:
(quem quiser percorrer estas "estradas de tijolo amarelo", esteja à vontade)
8 desejos, sem qualquer ordem hierárquica:
- Pegar nos amigos e família, metê-los num A380 e fazer uma viagem à volta do globo, com mil e uma paragens em outros tantos sítios.
- Não precisar de pensar em dinheiro até ao final dos meus dias.
- Fazer uns anos de trabalho humanitário algures em África e, já agora, conhecer os meus "afilhados".
- Escrever uns livros e editá-los só para as pessoas que gostam daquilo que escrevo.
- Ter mais horas por dia só para ouvir música, descobrir música, ir a concertos de música e, com jeitinho, aprender a tocar qualquer coisa.
- Poder deixar a carta de demissão em cima da secretária da minha chefe.
- Reencontrar-me com todas aquelas pessoas que hoje apenas vivem no meu coração e nos daqueles que sentem a sua falta, nomeadamente poder voltar a "brincar" com as rugas da minha bisavó.
- Viver os anos suficientes para que todos estes sonhos se tornassem realidade.
Uma foto que eu tenha tirado:
Uma banda da minha preferência, podem ser estes senhores:

As respostas às dúvidas existenciais:
- És homem ou mulher? Mr. Eastwood
- Descreve-te: O menino, o vento e o mar
- O que as pessoas acham de ti? Aos zig's zag's
- Como descreves o teu último relacionamento: Eléctrica cadente
- Descreve o actual estado da tua relação com a tua namorada/pretendente: A menina dança #1
- Onde querias estar agora? Cuba 1970
- O que pensas a respeito do amor? Like a drug
- Como é a tua vida? Ai que vida!
- Escreve uma frase sábia : Quando a alma não é pequena
(quem quiser percorrer estas "estradas de tijolo amarelo", esteja à vontade)
terça-feira, agosto 26, 2008
Separação
Caminhos cruzados. Ou serão perpendiculares?
Quantas vezes passam pela nossa caminhada temporal outras vidas? Vidas que amamos, odiamos, toleramos, vidas que se entrelaçam com a nossa própria existência. Lugar comum, é certo, mas também o é o facto de sermos animais eminentemente sociais. Uns mais solitários, outros com mais de si para dar a mais e mais pessoas. Linha transversal, neste mundo cada vez mais global e cada vez mais pequenino, a nossa vida toca outras e vice-versa. E a forma como essas vidas vão evoluindo ao longo dos anos é algo que permanentemente me surpreende. Normalmente e sobretudo se olhar alguns momentos para o passado e observar com atenção aquilo que aconteceu, o que podia ter acontecido e aquilo que, passado mais de dez anos, realmente sucedeu. Nem me passava pela cabeça muitas das coisas que realmente aconteceram nesta última década. Às vezes sinto mesmo que tudo não passou de um sonho ou, nalguns momentos, de um pesadelo. A velocidade do tempo não se compadeceu comigo, os momentos que deviam ter durado para sempre passaram com a brevidade de alguns segundos, e os momentos que nunca deviam ter acontecido ainda me fazem ficar melancólico como se não passasse de um cliché literário. Tenho de admitir que, mesmo apesar de todas estas palavras, não sou assim tão dado a olhar para trás ou pegar em fotografias de outros tempos. Ocasionalmente faço-o, normalmente porque uma dessas vidas perpendiculares decide reavivar a sua presença nos meus dias, seja isso algo de bom ou de mau. Poucas vezes o será de formas tão bruscas como ultimamente, com o turbilhão de emoções que isso poderá significar. Deixo-me ir na corrente, sem me deixar ir até ao fundo, ao leito do passado, que nem sempre traz boas recordações. Nada a fazer. Simplesmente não reviver o passado e apenas ser fiel a mim próprio. Por mais que isso custe. Por mais que isso nos possa deixar assim, a escrever e a escrever, em circulos e mais circulos.
Quantas vezes passam pela nossa caminhada temporal outras vidas? Vidas que amamos, odiamos, toleramos, vidas que se entrelaçam com a nossa própria existência. Lugar comum, é certo, mas também o é o facto de sermos animais eminentemente sociais. Uns mais solitários, outros com mais de si para dar a mais e mais pessoas. Linha transversal, neste mundo cada vez mais global e cada vez mais pequenino, a nossa vida toca outras e vice-versa. E a forma como essas vidas vão evoluindo ao longo dos anos é algo que permanentemente me surpreende. Normalmente e sobretudo se olhar alguns momentos para o passado e observar com atenção aquilo que aconteceu, o que podia ter acontecido e aquilo que, passado mais de dez anos, realmente sucedeu. Nem me passava pela cabeça muitas das coisas que realmente aconteceram nesta última década. Às vezes sinto mesmo que tudo não passou de um sonho ou, nalguns momentos, de um pesadelo. A velocidade do tempo não se compadeceu comigo, os momentos que deviam ter durado para sempre passaram com a brevidade de alguns segundos, e os momentos que nunca deviam ter acontecido ainda me fazem ficar melancólico como se não passasse de um cliché literário. Tenho de admitir que, mesmo apesar de todas estas palavras, não sou assim tão dado a olhar para trás ou pegar em fotografias de outros tempos. Ocasionalmente faço-o, normalmente porque uma dessas vidas perpendiculares decide reavivar a sua presença nos meus dias, seja isso algo de bom ou de mau. Poucas vezes o será de formas tão bruscas como ultimamente, com o turbilhão de emoções que isso poderá significar. Deixo-me ir na corrente, sem me deixar ir até ao fundo, ao leito do passado, que nem sempre traz boas recordações. Nada a fazer. Simplesmente não reviver o passado e apenas ser fiel a mim próprio. Por mais que isso custe. Por mais que isso nos possa deixar assim, a escrever e a escrever, em circulos e mais circulos.
domingo, novembro 25, 2007
Recorrente
(press play)
Retirou a faca enquanto ouvia o som característico da lâmina dilacerando a carne. Olhou para o sangue vermelho e espesso que pingava abundantemente da sua arma. Tinha de admitir um certo prazer secreto em ver as pequenas gotas libertarem-se da lâmina e tombarem indefesas sobre o solo. Era um pequenino pormenor mas que era bem mais saboreado que a torrente de sangue que corria da ferida aberta. O mesmo acontecia com a vítima. Preferia sempre o momento em que chegava o último sopro de vida a todo o esgar de dor que sucedia até à altura em que tudo ficava inerte. E normalmente bastava apenas um gesto da sua lâmina. Não mais que um gesto. Não gostava de actos repetidos. Pelo menos não sobre o mesmo pobre coitado. Porque no fundo não passava disso mesmo, um acto de pena, ou melhor de compaixão. Sentia que a morte que a sua faca lhes trazia era uma espécie de redenção, um fim para todos os pecados imundos que tinham cometido durante as suas patéticas vidas. E no fim de contas era uma morte mais sublime do que uma estúpida bala entre os olhos. No início tinha sido assim, mas detestava toda a nuvem de restos de sangue e massa encefálica que todo o acto deixava por terra. E as lâminas tinham sido sempre o seu fascínio. E o sangue com que as brindava era uma obra de arte difícil de reproduzir. E em vez de servirem para cortar pulsos, serviam muito melhor para cortar aqueles estúpidos relacionamentos em que se deixava envolver, uma e outra vez. Ela sempre tinha adorado analogias...
Retirou a faca enquanto ouvia o som característico da lâmina dilacerando a carne. Olhou para o sangue vermelho e espesso que pingava abundantemente da sua arma. Tinha de admitir um certo prazer secreto em ver as pequenas gotas libertarem-se da lâmina e tombarem indefesas sobre o solo. Era um pequenino pormenor mas que era bem mais saboreado que a torrente de sangue que corria da ferida aberta. O mesmo acontecia com a vítima. Preferia sempre o momento em que chegava o último sopro de vida a todo o esgar de dor que sucedia até à altura em que tudo ficava inerte. E normalmente bastava apenas um gesto da sua lâmina. Não mais que um gesto. Não gostava de actos repetidos. Pelo menos não sobre o mesmo pobre coitado. Porque no fundo não passava disso mesmo, um acto de pena, ou melhor de compaixão. Sentia que a morte que a sua faca lhes trazia era uma espécie de redenção, um fim para todos os pecados imundos que tinham cometido durante as suas patéticas vidas. E no fim de contas era uma morte mais sublime do que uma estúpida bala entre os olhos. No início tinha sido assim, mas detestava toda a nuvem de restos de sangue e massa encefálica que todo o acto deixava por terra. E as lâminas tinham sido sempre o seu fascínio. E o sangue com que as brindava era uma obra de arte difícil de reproduzir. E em vez de servirem para cortar pulsos, serviam muito melhor para cortar aqueles estúpidos relacionamentos em que se deixava envolver, uma e outra vez. Ela sempre tinha adorado analogias...
Subscrever:
Mensagens (Atom)