Francisco Sarsfield Cabral escreve hoje aquele que também é o meu sentimento ao ver um qualquer telejornal na televisão, portuguesa e mundial, o sentimento de que "se não vende, não vale a pena mostrar". E se em alguns casos o exemplo é gritante (veja-se o jornal da noite da TVI, imagem clara de que tipo de informação consegue audiências), outros há mais subtis mas que também não se coibem de puxar à lágrima fácil ou ao acesso de raiva anarquista (a Sky News consegue ser um bom exemplo, sendo que a quantidade de horas dedicadas ao terramoto em Caxemira não se comparam às do tsunami, tal como Cabral escreve e muito bem).
"Mas se as pessoas querem mesmo ver aquilo, não será a função dos media apresentarem aquilo mesmo?" Pois, mas nem todos gostamos da piada fácil que deixa um sorriso de orelha a orelha no pivot ou de mais um caso real em que se pergunta até à exaustão de quem é a culpa? Alguns de nós que nos interessamos pelo mundo informativo, gostávamos de ter uma informação mais imparcial, mais preocupada com aquilo que afecta a grande maioria de nós (nós, o planeta inteiro, entenda-se), enfim, que tivesse uma maior consciência social.
Eu, por mim, já ficava contente se tirassem a Manuela Moura Guedes da televisão...
2 comentários:
Afinal a pergunta do fim de semana sempre faz sentido... Mas há informação na televisão?
Pois que já não sei de nada... Ainda temos o Mário Crespo na SIC Notícias, valha-nos isso...
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