Gosto de ti.
Gosto de passear contigo.
Gosto de pegar em ti e ir até à praia, nos dias mais longos e mais quentes.
Gosto de pegar em ti e ir até ao café e ver a chuva a cair nos vidros, nos dias mais curtos e mais frios.
Gostei de ti desde a primeira vez que te vi.
Depois aprendi as tuas manias e o teu jeito de ser e fui-me afeiçoando a ti.
Fizémos viagens curtas e viagens longas.
Quando não estávamos juntos, parecia que algo me faltava.
E mesmo assim, ao longo do tempo, fomos tendo os nossos problemas.
Insistias em ter a minha total atenção e não te incomodavas que isso me pudesse afectar de variadas maneiras.
Às vezes obrigavas-me a faltar ao trabalho ou a trocar folgas.
Outras exigias que eu tivesse que puxar do cartão multibanco.
Ou era tudo ou nada.
Nada podia estar fora do sítio, tinha que ser à tua maneira.
Por muitas asneiras que eu dissesse e pragas que te rogasse, a tua ia sempre avante.
Agora estás outra vez com a mania que a minha vida não tem sentido sem ti.
Lá vou eu ser outra vez obrigado a mil malabarismos só porque estou dependente de ti.
Lá vou eu gastar outra vez rios de dinheiro só para que possas estar no teu melhor.
Qualquer dia perco a cabeça e deixo-te na esquina mais próxima, sem querer saber o que vai ser feito de ti.
Não vales o investimento de quase 4 anos devotos.
Por mim, podes ficar para sempre na oficina...
2 comentários:
Porque é que os cavalheiros falam com um carro como se falaria com uma pessoa? Eu nunca faço elogias ao Smartmobile... Canto-lhe, insulto-o, dou-lhe os parabéns quando merece e, de resto, limito-me a dar-lhe banho, de comer e a usá-lo. É um instrumento que fica à porta. ;-)
Explica-me lá a tua relação com a tua viatura... :-)
Não é tanto assim. Não é propriamente uma relação de amor e/ou de ódio. Como um amigo meu me disse, acho que este escrito trata-se de uma exorcização dos meus demónios ;)))
Enviar um comentário