sexta-feira, outubro 06, 2006

O filme de um ano da minha vida

Lembro-me de ver um trailer num canal de televisão. Fiquei com curiosidade mas pouco mais. Depois apareceu um convite para ir ao cinema e lá nos encontrámos todos nas bilheteiras do Monumental versão Residence. Foi o momento em que ficou eternizado algo que ficaria conhecido como o fenómeno "Mystic River". E depois, que filme para ver? Olhei para os cartazes e lá estava ele, o do trailer. Sugeri e a sugestão foi aceite. Azar, lugares só na primeira fila e de esguelha. Seja, a minha curiosidade está em crescendo. E depois? Depois foram 102 minutos que me fizeram voltar atrás no tempo alguns anos. Numa outra cidade, num outro país, mas com todos os sentimentos que atravessam os personagens do Bill e da Scarlett. A curiosidade, a ira, o esquisito, a ironia, o desespero, o sorriso, a lágrima, a saudade, a inadaptação, o hábito, a amizade, o lunático, a aculturação, tudo. Definitivamente, o filme além de ser muito bom é, para mim, muito bom porque representa um espelho de um momento (quase breve) da minha vida, onde tudo aquilo que faz de mim o que sou hoje confluiu como um redemoinho, absorvendo todas aquelas particulariedades que me representam. E a imagem que segue em baixo é mesmo um espelho, eu vivi isto e sorrio cada vez que olho para esta imagem porque não tive uma Sofia Copolla a imortalizar o meu momento. Lembro-me também que algum tempo depois houve uma pessoa que me ofereceu o DVD deste filme, uma prenda mais que perfeita. Obrigado, minha querida amiga de sempre, e que o dia de amanhã se torne uma recordação bonita e que simbolize toda a felicidade e amor que desejo que tenhas.

"You'll figure that out. The more you know who you are, and what you want, the less you let things upset you."



4 comentários:

cuotidiano disse...

Como disseste "não tive uma Sofia Copolla a imortalizar o meu momento", espero que, ao menos, tenhas tido uma copola imortal - Peço-te imensa desculpa, mas não resisti a uma piada ordinária. Desculpa.

Seja como for, é um filme extraordinário (e, ao que sei, até foi a primeira longa-metragem da filha de outro resalizador extraordinário) do qual, felizmente, também tenho o DVD e que também aconselho vivamente.

Já agora, e aproveitando o título, constato que a maior poarte dos nossos problemas de relacionamento uns com os outros, advém do que se "perde na tradução" do que nós somos e sentimos em relação aos outros - ou seja, os problemas nem sempre são o que aparentam mas, normalmente, são falhas de comunicação, de "tradução" de sentimentos.

Um abraço

cuotidiano disse...

Correcção ao meu texto anterior e que me foi enviada pelo autor deste blog (e que agradeço): Esta não foi a primeira mas sim a segunda longa-metragem, sendo que a primeira foi "As virgens suicidas".

Fica a correcção feita

A disse...

Guronsan... andas a seguir-me as piadas, meu rapaz!

:)

Ainda prefiro os amores adolescentes e trágicos do Virgin Suicides... desculpa lá... mas escreveste muito bem e tal :D

Beijos

A disse...

Não era piadas... mas pisadas :)