terça-feira, fevereiro 28, 2006
I Walk The Line
" I keep a close watch on this heart of mine
I keep my eyes wide open all the time.
I keep the ends out for the tie that binds
Because you're mine, I walk the line
I find it very, very easy to be true
I find myself alone when each day is through
Yes, I'll admit that I'm a fool for you
Because you're mine, I walk the line
As sure as night is dark and day is light
I keep you on my mind both day and night
And happiness I've known proves that it's right
Because you're mine, I walk the line
You've got a way to keep me on your side
You give me cause for love that I can't hide
For you I know I'd even try to turn the tide
Because you're mine, I walk the line
I keep a close watch on this heart of mine
I keep my eyes wide open all the time.
I keep the ends out for the tie that binds
Because you're mine, I walk the line"
Johnny Cash
segunda-feira, fevereiro 27, 2006
E o prémio fotogenia vai para...
A revista de domingo do New York Times elaborou uma sessão fotográfica com os actores e actrizes que fizeram os filmes com maior impacto do ano transacto. São imagens belíssimas, independentemente do nosso cérebro reagir com maior ou menor intensidade à celebridade (ou não) dos envolvidos. Para não me acusarem de sexista, deixo duas das imagens, para mim, mais marcantes. Mas que um Óscar assim tinha outro encanto, não tenho quaisquer dúvidas...
domingo, fevereiro 26, 2006
Folheando as páginas do DN - II
Também folheando as páginas do jornal hoje de manhã, descobri que neste pequeno planeta que é o nosso, tenho a companhia de mais 6.499.999.999 seres humanos. E se isto não chegasse para me pôr no meu devido lugar de pequena gotícula deste grande oceano de humanidade, o facto de saber que desde que comecei a escrever estas palavras (há sensivelmente 30 segundos atrás) já nasceram 123 pessoas e faleceram outras 54, ainda me deixa mais pequenino.
Se dúvidas houvesse de que somos a espécie que mais popula este calhau à beira-universo plantado, estes números comprovam-no por larga margem. Não me parece que hajam 6,5 mil milhões de baleias azuis, ou 6,5 mil milhões de elefantes africanos, ou mesmo 6,5 mil milhões de pandas. Aliás, não penso que fossemos capazes, enquanto espécie, de conviver com mais 6,5 mil milhões de qualquer outro animal, ou não fossemos nós o "super-predador". Ao menos os predadores normais matam por coisas específicas como alimento, continuação da espécie ou, principalmente, por uma questão de sobrevivência. Nós, por outro lado, matamos por coisas tão abstractas como fronteiras, religião, auto-determinação, liberdade de expressão ou, simplesmente, porque nos parece uma boa ideia.
Segundo o artigo do DN, preve-se que em 2012 haverá mais 500 mil milhões de homo sapiens a calcorrear o planeta Terra. Será que estes vão olhar mais pelo planeta que lhes serve de casa? Será que estes vão olhar mais pelas outras espécies que também precisam desta casa? Ou será que quando de facto nos preocuparmos mais com isto e menos com a chacina ou a morte pela fome de mais seres irmãos humanos, já será demasiado tarde?
Se dúvidas houvesse de que somos a espécie que mais popula este calhau à beira-universo plantado, estes números comprovam-no por larga margem. Não me parece que hajam 6,5 mil milhões de baleias azuis, ou 6,5 mil milhões de elefantes africanos, ou mesmo 6,5 mil milhões de pandas. Aliás, não penso que fossemos capazes, enquanto espécie, de conviver com mais 6,5 mil milhões de qualquer outro animal, ou não fossemos nós o "super-predador". Ao menos os predadores normais matam por coisas específicas como alimento, continuação da espécie ou, principalmente, por uma questão de sobrevivência. Nós, por outro lado, matamos por coisas tão abstractas como fronteiras, religião, auto-determinação, liberdade de expressão ou, simplesmente, porque nos parece uma boa ideia.
Segundo o artigo do DN, preve-se que em 2012 haverá mais 500 mil milhões de homo sapiens a calcorrear o planeta Terra. Será que estes vão olhar mais pelo planeta que lhes serve de casa? Será que estes vão olhar mais pelas outras espécies que também precisam desta casa? Ou será que quando de facto nos preocuparmos mais com isto e menos com a chacina ou a morte pela fome de mais seres irmãos humanos, já será demasiado tarde?
Folheando as páginas do DN - I
Apesar de nos últimos tempos ter re-adquirido o hábito de ler a imprensa online (fruto da minha maior permanência no mundo weberiano), não deixo de em algumas ocasiões, normalmente durante o fim-de-semana, de comprar o jornal e folheá-lo ao sabor de uma bica. Não, não é uma questão de nostalgia ou algo parecido, apenas um hábito que ainda não perdi...
Hoje, no Diário de Notícias, tive o prazer de ler uma pequena crónica de João Céu e Silva, da qual muito me agradou o tom afável, descomprometido, e nada sombraceiro. Mas... Apesar de muito gostar das pequenas maravilhas que este nosso país encerra, e que por vezes não têm o devido e merecido respeito, também acho que há limites para o nosso "patriotismo" e que não devemos deixar que a emoção tolde a razão. Meu caro João, independentemente das boas memórias que ainda guardo do Parque Eduardo VII (que infelizmente já são quase todas da década de 80, salvando-se a anual romaria à Feira do Livro), não acho justa a comparação com o Central Park de Nova Iorque, pela simples razão que este último tem uma dimensão e "aura" completamente diferentes do nosso Parque. É certo que toneladas de filmes made in Hollywood também ajudam a demonstrar isso mesmo, mas a verdade é que pelo que sei, pelo que li e pelo que vi e vejo, enquanto que o Central Park fez a evolução de "antro" perigoso e pouco recomendável para um dos ícones da Grande Maçã, poderíamos dizer que o Parque Eduardo VII realizou o mesmo percurso mas no sentido inverso. É claro que a desertificação do centro lisboeta também ajudou a que isto acontecesse, mas o certo é que aconteceu...
Assim sendo, tal como a baixa lisboeta e a foz do Porto são parte integrante do meu património emocional, também o Central Park, a Rambla de Barcelona ou a Cidade Proibida em Pequim fazem parte deste mesmo património.
Dito isto, continuação de boas crónicas!
Hoje, no Diário de Notícias, tive o prazer de ler uma pequena crónica de João Céu e Silva, da qual muito me agradou o tom afável, descomprometido, e nada sombraceiro. Mas... Apesar de muito gostar das pequenas maravilhas que este nosso país encerra, e que por vezes não têm o devido e merecido respeito, também acho que há limites para o nosso "patriotismo" e que não devemos deixar que a emoção tolde a razão. Meu caro João, independentemente das boas memórias que ainda guardo do Parque Eduardo VII (que infelizmente já são quase todas da década de 80, salvando-se a anual romaria à Feira do Livro), não acho justa a comparação com o Central Park de Nova Iorque, pela simples razão que este último tem uma dimensão e "aura" completamente diferentes do nosso Parque. É certo que toneladas de filmes made in Hollywood também ajudam a demonstrar isso mesmo, mas a verdade é que pelo que sei, pelo que li e pelo que vi e vejo, enquanto que o Central Park fez a evolução de "antro" perigoso e pouco recomendável para um dos ícones da Grande Maçã, poderíamos dizer que o Parque Eduardo VII realizou o mesmo percurso mas no sentido inverso. É claro que a desertificação do centro lisboeta também ajudou a que isto acontecesse, mas o certo é que aconteceu...
Assim sendo, tal como a baixa lisboeta e a foz do Porto são parte integrante do meu património emocional, também o Central Park, a Rambla de Barcelona ou a Cidade Proibida em Pequim fazem parte deste mesmo património.
Dito isto, continuação de boas crónicas!
sábado, fevereiro 25, 2006
A minha máscara
(e tendo em conta o quanto eu gosto do Carnaval, vou-me ficar por aqui antes que me acusem de ser anti-tudo e mais alguma coisa... o que também já começa a ser habitual:)
(Obrigado à Letícia que há uns anos atrás se lembrou de andar a brincar com o Photoshop)
(Obrigado à Letícia que há uns anos atrás se lembrou de andar a brincar com o Photoshop)
quarta-feira, fevereiro 22, 2006
O Ano do Powerpoint
Formação, formação, formação. Esta é a palavra-chave para muitas empresas neste ano da graça de 2006. Numa tentativa de cumprir com a lei, e evitar pelo meio algumas coimas ou mesmo a pensar, quem sabe, em alguns subsídios, as empresas devem ter entrado num afã de formar os seus empregados. Nem que seja com o mesmo tipo de formações que ministram intermitentemente há anos. Nem que os seus empregados tenham ouvir as mesmas coisas milhentas de vezes. E nem devemos ligar a esta onda de formações as palavras motivação, prémio, ou mesmo mudança ou inovação. Pergunto-me frequentemente se o Governo, ou o ministério tutelar, vão fazer algum esforço em verificar que tipo de formações o tecido empresarial anda a aplicar aos seus quadros. Haverá mesmo preocupação em dotar os quadros de um conhecimento superior que lhes permita melhorar a sua produtividade ou queremos mesmo é cumprir leis, quotas e horas de formação? A ver vamos o que o resto do ano nos mostra, até porque se começar já a comentar o que até aqui foi feito (na minha realidade "cinzenta"), tenho a impressão que entro numa depressão tremenda...
segunda-feira, fevereiro 20, 2006
Sondagem Cinzenta - III
E que resultados podemos tirar de mais uma pergunta inócua? Bom, a maioria prefere ler livros na cama ou então passar a vida a dar beijos. Inconvenientes? Começar a usar óculos, num caso, e... bom, no outro caso... enfim, pode dar nisto. Depois temos alguns adeptos da nefasta nicotina e, em igualdade de circunstâncias, adeptos do nefasto consumismo. Poderá haver coisa mais chique do que andar às compras com um cigarro no canto da boca... Por último, ainda houve uns corajosos(as) que admitiram que o seu pior "vício" é insultar aqueles indíviduos que passam por políticos ou, melhor ainda, queixar-se continuamente do país em que vivemos. De facto, e olhando assim de repente à minha volta (importa dizer que a televisão está, neste preciso momento, na TVI), parecem-me ser dois desportos nacionais aos quais acorrem pessoas aos magotes... Finalmente, chego à conclusão que não há leitores viciados em bebidas alcoólicas, tosses convulsas, veículos de quatro rodas, ou, falta imperdoável, fãs da Shakira (e logo agora que a moça vem cá). Não te preocupes, Shakira, apesar de não seres um "vício" meu, de vez em quando lembro-me de ti, por isso não chores de desgosto...
E agora, retomamos a nossa programação habitual.
E agora, retomamos a nossa programação habitual.
E dura, e dura...
Começo a ficar preocupado. Esta temática não me larga. Admito que no início a questão partiu de mim, que num momento de inspiração divina (sim, não podem ser só os pastores evangelistas) me decidi a fazer uma semana de posts virados para o maior dos sentimentos que podem "atravessar" um ser humano. Mas era só uma semana... Acabei por voltar ao assunto por causa do "Brokeback Mountain", que nos expunha um amor com algumas características um pouco diferentes daquilo a que a maioria da sociedade está habituada, mas que não deixa de ser um amor. Entretanto, quase todos os dias novos comentários iam aparecendo nos posts que tinham ficado da semana do chato do Cupido. E ontem acabei por receber um mail de uma amiga minha desaparecida que me presenteava com a imagem que segue em baixo. Se bem que a imagem foi mais por causa daquilo a que gosto de chamar a minha mais recente "obcessão-compulsivo-impossível" (leia-se Scarlett Johansson), lembrou-me que não achei nada de especial ao filme Match Point. E depois desta frase, pode começar o apedrejamento...
Não, a verdade é que vi o filme num dia claramente não, em que o cansaço era mais que muito e não havia pachorra para grande coisa. Sim, o Woody Allen continua a ser um favorito meu, mas não me parece que vá rever este filme, mesmo reconhecendo-lhe qualidade. E uma qualidade é, sem dúvida, o que é que passa por amor, se a relação física, se o conforto de uma amizade colorida, se a existência de uma família, se uma paixão desbragada, ou, simplesmente, nada disto ou o somatório de tudo...
Eu por mim continuo com dúvidas... mas se a Scarlett quisesse, era já hoje...
Não, a verdade é que vi o filme num dia claramente não, em que o cansaço era mais que muito e não havia pachorra para grande coisa. Sim, o Woody Allen continua a ser um favorito meu, mas não me parece que vá rever este filme, mesmo reconhecendo-lhe qualidade. E uma qualidade é, sem dúvida, o que é que passa por amor, se a relação física, se o conforto de uma amizade colorida, se a existência de uma família, se uma paixão desbragada, ou, simplesmente, nada disto ou o somatório de tudo...
Eu por mim continuo com dúvidas... mas se a Scarlett quisesse, era já hoje...
domingo, fevereiro 19, 2006
Munique
"We kill for our future. We kill for peace."
sábado, fevereiro 18, 2006
Na Gare
Tenho saudades. Parece estranho mas tenho saudades. Nunca mais acordei cedo para ir a correr apanhar o comboio. A espera nas filas que se formavam na estação, uns a ler o jornal, outros a fumar o primeiro cigarro do dia, outros ainda a conversarem com os seus amigos passageiros. O cheiro a castanhas no Outono, o frio que me obrigava a usar o cachecol no Inverno, o brilho do Sol na Primavera, a minha t-shirt preferida no Verão. A correria para tentar apanhar um lugar sentado, ou pelo menos não ficar apertado na entrada, de encontro a desconhecidos meio ensonados como eu. O sucumbir ao sono, nos primeiros tempos, que quase me faziam voltar ao sítio de partida. As conversas com os colegas, quando nos encontrávamos, e os sorrisos que nos esforçávamos por dar quando havia greve ou atrasos monstruosos. A meia hora de viagem em que li muitos livros, apontamentos, cábulas e outros que tais. As pessoas que discutiam por causa de um assento, as grávidas que me pediam o meu lugar, os idosos que não queriam que saíssemos do nosso lugar mas que ao mesmo tempo nos imploravam com os seus olhos tristes alguma atenção e uma palavra amiga. A chegada à estação de destino e o recomeçar de toda a confusão. Tentar não ser atropelado por pessoas atrasadas para o emprego. Procurar por cima das cabeças pelos amigos e colegas para não ir sozinho até à faculdade. A repetição diária do habitual abraço/beijinho. Partilhar o primeiro cigarro do dia enquanto discutíamos o que tínhamos feito no dia anterior ou o que íamos fazer nesse dia. As caras preocupadas e nervosas em dia de frequência. A alegria do último dia de aulas do semestre. O Sol a aquecer-nos enquanto subíamos a Avenida das Forças Armadas. E depois, ao final da tarde, todo o processo novamente. E ver as luzes a acenderem-se nos prédios à medida que o comboio passava. O ar cansado das pessoas depois de um dia de trabalho. O adeus aos colegas que iam para Sintra. E saber que, no dia seguinte, lá estaria outra vez, à espera do comboio que me levava e me trazia. Que me levava e que me trazia...
(Um obrigado especial ao Sérgio Redondo pela sua bonita fotografia, que me fez voltar atrás no tempo.)
(Um obrigado especial ao Sérgio Redondo pela sua bonita fotografia, que me fez voltar atrás no tempo.)
quinta-feira, fevereiro 16, 2006
Ondas Sonoras - IX
Este já estava prometido desde o Natal, quando fui presenteado com o último CD deles. E se nos outros albúns já havia muitas e boas músicas, em "X&Y" os Coldplay mantêm o nível e lançam canções melancólicas que se colam à nossa cabeça e de lá não saem. A voz, a guitarra, o baixo, o piano e a bateria unem-se para criar melodias que têm tanto de frágil como de explosivo. Aliás, basta ouvir a musiquinha que aqui vos deixo...
Não queria fazer mais posts sobre amor, mas tem de ser...
É uma história de amor, pura e simplesmente isso. Que interessa que os amantes sejam do mesmo sexo? É preciso ser muito mesquinho (tal como algumas pessoas que estavam dentro da sala de cinema) para não se sentir tocado por uma verdadeira história de amor como esta, cheia de obstáculos, receios e rejeições. Na verdade, quer se goste ou não do filme, a sensação que se traz é que ainda há muita intolerância para com a diferença, mesmo quando esta apenas assume a forma de um filme. Vão vê-lo e julguem-no por vocês. Só para ver actuações como as do Heath Ledger e da Michelle Williams, eu acho que vale a pena...
quarta-feira, fevereiro 15, 2006
Taras e Manias
E pronto, estava-se mesmo a ver. O meu caro amigo Suburbano não podia deixar de me convidar a participar naquilo que parece uma chain-letter, versão blogue. Curiosamente, lembro-me de há uns anos atrás estar sempre a receber por mail coisas parecidas com esta e, quando tinha tempo, lá mandava a quem me interessava. Acho engraçado, se bem que lendo algum dos blogues que já aderiram a este movimento, as manias quase "saltam" das suas palavras, de modo que isto era quase desnecessário. Anyway, aqui vai:
"Cada bloguista participante tem de enumerar cinco manias suas, hábitos muito pessoais que os diferenciem do comum dos mortais. E além de dar ao público conhecimento dessas particularidades, tem de escolher cinco outros bloguistas para entrarem, igualmente, no jogo, não se esquecendo de deixar nos respectivos blogues aviso do "recrutamento". Além disso, cada participante deve reproduzir este "regulamento" no seu blogue."
Crónicas da (e depois da) Califórnia
A Poeira dos Dias
Blue Notes
Estradas Perdidas
A Miúda dos Disparates
Bom proveito!
"Cada bloguista participante tem de enumerar cinco manias suas, hábitos muito pessoais que os diferenciem do comum dos mortais. E além de dar ao público conhecimento dessas particularidades, tem de escolher cinco outros bloguistas para entrarem, igualmente, no jogo, não se esquecendo de deixar nos respectivos blogues aviso do "recrutamento". Além disso, cada participante deve reproduzir este "regulamento" no seu blogue."
- Não resistir a comprar livros atrás de livros até ao ponto em que a estante dos livros por ler é maior que a estante dos livros já lidos.
- Ver uma nesga de Sol no céu e ir a correr para a esplanada mais próxima, sempre acompanhado por um livro e uma Sagres.
- Convencer-me que sei quando o sono vai chegar e acordar no dia seguinte com a luz acesa, a aparelhagem ligada e um livro aberto em cima de mim.
- Estar ao computador e passar constantemente as mãos pela penugem que tenho no queixo (alguém ainda me há-de explicar o desejo recalcado por detrás disto).
- Comprar sempre uma porcaria qualquer nos aeroportos dos meus destinos que vai, eventualmente, ficar a ganhar pó na prateleira.
Crónicas da (e depois da) Califórnia
A Poeira dos Dias
Blue Notes
Estradas Perdidas
A Miúda dos Disparates
Bom proveito!
terça-feira, fevereiro 14, 2006
Não digo mais nada!
Esta "coisa" do dia de S. Valentim faz-me alguma confusão e lembra-me de imediato aquele famoso sketch do Herman, "Para que é que serve uma Tuna?". Ou seja, para que é que serve um dia de S. Valentim? Bom, o dia de S. Valentim... bom, serve para.... enfim.... bom.... eu acho que deve servir para alguma coisa. Será que, para aqueles que estão apaixonados, precisam mesmo de um dia para oferecer flores, chocolates, entre outras coisas de gosto (muito) duvidoso? Será que não deviam "dar-se" todos os dias ao seu(sua) mais que tudo? Será que apenas se lembram que amam alguém neste preciso dia? Será que ainda acreditam que há algo de "anjinho com seta maravilha" que de facto os fez ficar juntos? Se calhar deviam ler a explicação científica... Mas mesmo para quem acredita que o amor é um assunto de alma e não de laboratório, será que faz mesmo falta um dia como o de S. Valentim? Bom, esqueçam isto tudo e vão já beijar a pessoa que amam!
Por mim acho mais importante lembrar que hoje é também o Dia Nacional do Doente Coronário, uma vez que cada vez mais à minha volta vejo pessoas com doenças "pejorativas" do coração, e fico cada vez mais preocupado com o meu próprio estilo de vida. É verdade que já não fumo desde o dia 1 de Janeiro, é também verdade que o meu local de trabalho não é propriamente gregário, mas por outro lado os hábitos alimentares têm resvalado ultimamente (muito por causa das jantaradas da Palmeira;-), e os hábitos desportivos são muito diminutos. Se queremos que nós e as pessoas que amamos vivam mais uns anitos, temos que nos comportar e praticar as boas práticas de vida, de modo a que, uma vez por outra, tenhamos os nossos excessos sem preocupações de dores no peito.
Finalmente, (isto hoje é um post tipo leve 3, pague 2), achei engraçada esta imagem que vai aqui ao lado. Foi tirada na India e eu só tenho uma dúvida: trata-se de uma manifestação anti-São Valentim (e toda a maléfica ocidentalidade a ele associada) ou será uma manifestação a favor dos casamentos entre homossexuais? Dá que pensar... Se calhar ainda crio uma sondagem aqui ao lado para saber a opinião dos meus queridos e amados leitores!
E hoje já não digo mais nada!
Por mim acho mais importante lembrar que hoje é também o Dia Nacional do Doente Coronário, uma vez que cada vez mais à minha volta vejo pessoas com doenças "pejorativas" do coração, e fico cada vez mais preocupado com o meu próprio estilo de vida. É verdade que já não fumo desde o dia 1 de Janeiro, é também verdade que o meu local de trabalho não é propriamente gregário, mas por outro lado os hábitos alimentares têm resvalado ultimamente (muito por causa das jantaradas da Palmeira;-), e os hábitos desportivos são muito diminutos. Se queremos que nós e as pessoas que amamos vivam mais uns anitos, temos que nos comportar e praticar as boas práticas de vida, de modo a que, uma vez por outra, tenhamos os nossos excessos sem preocupações de dores no peito.
Finalmente, (isto hoje é um post tipo leve 3, pague 2), achei engraçada esta imagem que vai aqui ao lado. Foi tirada na India e eu só tenho uma dúvida: trata-se de uma manifestação anti-São Valentim (e toda a maléfica ocidentalidade a ele associada) ou será uma manifestação a favor dos casamentos entre homossexuais? Dá que pensar... Se calhar ainda crio uma sondagem aqui ao lado para saber a opinião dos meus queridos e amados leitores!
E hoje já não digo mais nada!
segunda-feira, fevereiro 13, 2006
domingo, fevereiro 12, 2006
sexta-feira, fevereiro 10, 2006
Celibato, anyone?
Kissing many 'risks meningitis'
Kissing with tongues enables the potentially deadly meningococcal bacteria to pass between partners. [...]
[...] It is known that around one in 10 teens carry meningococcal bacteria. [...]
[...] In addition to kissing multiple partners, a history of preceding illness, and being a student were linked to an increased risk of disease, while attendance at a religious event was linked to a lower risk. [...]
[...] "They tend to think they are impervious and will live forever. But if the message is this is something that could kill them in three days, it's a little more adjacent." [...]
[...] Linda Glennie, head of research at the Meningitis Research Foundation, which funded the study, said: "I don't expect teenagers to become nuns and monks for the duration of their university career, but I would encourage them to be aware of the symptoms." [...]
Kissing with tongues enables the potentially deadly meningococcal bacteria to pass between partners. [...]
[...] It is known that around one in 10 teens carry meningococcal bacteria. [...]
[...] In addition to kissing multiple partners, a history of preceding illness, and being a student were linked to an increased risk of disease, while attendance at a religious event was linked to a lower risk. [...]
[...] "They tend to think they are impervious and will live forever. But if the message is this is something that could kill them in three days, it's a little more adjacent." [...]
[...] Linda Glennie, head of research at the Meningitis Research Foundation, which funded the study, said: "I don't expect teenagers to become nuns and monks for the duration of their university career, but I would encourage them to be aware of the symptoms." [...]
Ainda não?
Como é que se constroi uma relação amorosa? A questão, que para alguns poderá ser de resposta quase imediata, a mim quase me causa uma dor de cabeça monumental. Provavelmente conviver com um casal cujo casamento já dura há quase 31 anos (os meus pais) deveria facilitar a resposta, mas a verdade é que isso não acontece. Imagine-se então se pensarmos nos meus meus avós que já passaram a marca dos 65 anos de matrimónio.
O meu primeiro contacto com alguém divorciado já aconteceu muito tarde na minha vida. Durante os meus tempos escolares a maior parte dos meus amigos e amigas provinha de lares onde os dois "progenitores" ainda habitavam. Só quando cheguei à faculdade comecei a privar com pessoas que me contavam como era a experiência de "viver com a mãe e passar as férias com o pai". Alguns não conseguiam compreender o que é que se passava nas cabeças dos pais enquanto outros até achavam que os pais tinham tomado a decisão correcta. Reacções diferentes para situações diferentes. Quando iniciei a minha vida profissional a sério vi-me "atirado" para um meio onde casamento e divórcio quase dividiam as atenções a meio. Em muitos casos devido ao stress de ambos os lados terem de manter uma carreira profissional, ou simplesmente porque as motivações/objectivos de vida não são imutáveis.
Calculo que a próxima geração já vá lidar com o divórcio de uma forma quase natural, ou pelo menos com maior clareza (alguns diriam com um espírito mais "frio") do que eu. Também o casamento/união de facto/o que quer que lhe queiram chamar já mudou muito desde a minha infância e a tendência normal é para que continue a evoluir. O que me leva à minha pergunta inicial, como é que se constroi uma relação amorosa?
É verdade que não sou dos melhores exemplos (o prazo costuma terminar aos 6 meses), mas onde será que as coisas deixam de funcionar? Será um caso para psiquiatra? Será medo de um compromisso, como se diz muito hoje em dia? O homem que tem medo de se "prender" a uma relação mónogama? E depois, como se já não fosse fácil lidar com estes problemas e todos os preconceitos à volta dos mesmos, ainda há a pressão do "então, quando é que te casas?", ou do seu parente-ainda-mais-esquisofrénico "então, quando é que me dás um neto?". Se a motivação para o "juntar dos trapinhos" já não é muita, assim é que não aumenta de certeza.
Basicamente há demasiadas expectativas. Espera-se a apresentação do ente enamorado. Espera-se o casamento com os enfeites todos. Espera-se uma vida conjugal pacífica. Esperam-se netos, bisnetos, tetranetos. Esperam-se bodas de prata, bodas de ouro, bodas de diamante. Não há espaço para fugir deste "caminho". Caso contrário, "há alguma coisa com aquele rapaz (rapariga) que não está bem!".
Deixem-me respirar! Credo!
O meu primeiro contacto com alguém divorciado já aconteceu muito tarde na minha vida. Durante os meus tempos escolares a maior parte dos meus amigos e amigas provinha de lares onde os dois "progenitores" ainda habitavam. Só quando cheguei à faculdade comecei a privar com pessoas que me contavam como era a experiência de "viver com a mãe e passar as férias com o pai". Alguns não conseguiam compreender o que é que se passava nas cabeças dos pais enquanto outros até achavam que os pais tinham tomado a decisão correcta. Reacções diferentes para situações diferentes. Quando iniciei a minha vida profissional a sério vi-me "atirado" para um meio onde casamento e divórcio quase dividiam as atenções a meio. Em muitos casos devido ao stress de ambos os lados terem de manter uma carreira profissional, ou simplesmente porque as motivações/objectivos de vida não são imutáveis.
Calculo que a próxima geração já vá lidar com o divórcio de uma forma quase natural, ou pelo menos com maior clareza (alguns diriam com um espírito mais "frio") do que eu. Também o casamento/união de facto/o que quer que lhe queiram chamar já mudou muito desde a minha infância e a tendência normal é para que continue a evoluir. O que me leva à minha pergunta inicial, como é que se constroi uma relação amorosa?
É verdade que não sou dos melhores exemplos (o prazo costuma terminar aos 6 meses), mas onde será que as coisas deixam de funcionar? Será um caso para psiquiatra? Será medo de um compromisso, como se diz muito hoje em dia? O homem que tem medo de se "prender" a uma relação mónogama? E depois, como se já não fosse fácil lidar com estes problemas e todos os preconceitos à volta dos mesmos, ainda há a pressão do "então, quando é que te casas?", ou do seu parente-ainda-mais-esquisofrénico "então, quando é que me dás um neto?". Se a motivação para o "juntar dos trapinhos" já não é muita, assim é que não aumenta de certeza.
Basicamente há demasiadas expectativas. Espera-se a apresentação do ente enamorado. Espera-se o casamento com os enfeites todos. Espera-se uma vida conjugal pacífica. Esperam-se netos, bisnetos, tetranetos. Esperam-se bodas de prata, bodas de ouro, bodas de diamante. Não há espaço para fugir deste "caminho". Caso contrário, "há alguma coisa com aquele rapaz (rapariga) que não está bem!".
Deixem-me respirar! Credo!
Intervalo
O vencedor do World Press Photo 2005 é
Canadian photographer Finbarr O'Reilly is the winner of the World Press Photo of the Year Award. His picture of a child's hand pressed against his mother's at an emergency feeding centre in Niger was described as having "beauty, horror and despair".
mas a foto que mais "mexeu" comigo foi
Panos Picture's photographer Andrew Testa shows a burial of Srebrenica massacre victims, in Potocari, Bosnia.
O ano passado pude assistir à exposição do World Press Photo no CCB e na altura pude confirmar algo que já suspeitava, que as fotografias mais impressionantes eram as que lidavam com a dor e tragédia humanas. Seja em guerras inúteis, catástrofes naturais, ou pura e simplesmente por que lhes virámos as costas (mas não as objectivas). Na altura pude inclusivé comentar com o Suburbano, que assistiu comigo à exposição, que os galardoados deste ano iriam estar relacionados com os atentados em Londres, o furacão Katrina, e, claro, África, sempre África. E a verdade é que não nos enganámos muito, pois por muitas categorias que estes prémios World Press Photo tenham, são sempre as fotos que nos deixam a pensar ou mesmo à beira das lágrimas que mais nos entram no coração. A questão é se lá permanecem...
Canadian photographer Finbarr O'Reilly is the winner of the World Press Photo of the Year Award. His picture of a child's hand pressed against his mother's at an emergency feeding centre in Niger was described as having "beauty, horror and despair".
mas a foto que mais "mexeu" comigo foi
Panos Picture's photographer Andrew Testa shows a burial of Srebrenica massacre victims, in Potocari, Bosnia.
O ano passado pude assistir à exposição do World Press Photo no CCB e na altura pude confirmar algo que já suspeitava, que as fotografias mais impressionantes eram as que lidavam com a dor e tragédia humanas. Seja em guerras inúteis, catástrofes naturais, ou pura e simplesmente por que lhes virámos as costas (mas não as objectivas). Na altura pude inclusivé comentar com o Suburbano, que assistiu comigo à exposição, que os galardoados deste ano iriam estar relacionados com os atentados em Londres, o furacão Katrina, e, claro, África, sempre África. E a verdade é que não nos enganámos muito, pois por muitas categorias que estes prémios World Press Photo tenham, são sempre as fotos que nos deixam a pensar ou mesmo à beira das lágrimas que mais nos entram no coração. A questão é se lá permanecem...
quinta-feira, fevereiro 09, 2006
Eternal Sunshine Of The Spotless Mind
"Random thoughts for Valentine's day, 2004. Today is a holiday invented by greeting card companies to make people feel like crap."
terça-feira, fevereiro 07, 2006
American Gods
"Religions are, by definition, metaphors, after all: God is a dream, a hope, a woman, an ironist, a father, a city, a house of many rooms, a watchmaker who left his prize chronometer in the desert, someone who loves you - even, perhaps, against all evidence, a celestial being whose only interest is to make sure your football team, army, business, or marriage thrives, prospers, and triumphs over all opposition."
domingo, fevereiro 05, 2006
Direitos e Descriminações
A propósito de um post do Bodegas, deixei-lhe o seguinte comentário:
De acordo contigo na parte que se traduz em contrato. Agora só gostava que explicasses melhor as razões pelas quais não concordas com a parte da adopção. É que essa do "pilar fundamental que é a família" poderia ter alguma aderência à realidade há umas 3 ou 4 décadas atrás. Hoje em dia, o que é uma família? Um pai e uma mãe que, na maior parte dos casos, passam cada vez menos tempo com os filhos e tentam "comprá-los" com uma cascata de brinquedos? Um pai e uma mãe que, em alguns casos, são tão abusadores dos filhos que os mesmos estariam melhor sem os ditos cujos? Um pai e uma mãe que, passados alguns meses da criança nascer, descobrem que afinal não tencionam passar o resto da vida juntos e se divorciam? A meu ver, a questão da adopção é mais complexa do que isso e não passa certamente por subsídios à natalidade ou afins...
Leitura obrigatória: A Convenção Sobre os Direitos da Criança
De acordo contigo na parte que se traduz em contrato. Agora só gostava que explicasses melhor as razões pelas quais não concordas com a parte da adopção. É que essa do "pilar fundamental que é a família" poderia ter alguma aderência à realidade há umas 3 ou 4 décadas atrás. Hoje em dia, o que é uma família? Um pai e uma mãe que, na maior parte dos casos, passam cada vez menos tempo com os filhos e tentam "comprá-los" com uma cascata de brinquedos? Um pai e uma mãe que, em alguns casos, são tão abusadores dos filhos que os mesmos estariam melhor sem os ditos cujos? Um pai e uma mãe que, passados alguns meses da criança nascer, descobrem que afinal não tencionam passar o resto da vida juntos e se divorciam? A meu ver, a questão da adopção é mais complexa do que isso e não passa certamente por subsídios à natalidade ou afins...
Leitura obrigatória: A Convenção Sobre os Direitos da Criança
Um blogue com fim anunciado
Blogue dá voz a condenado no corredor da morte
O que será que passa pela cabeça de uma pessoa que sabe exactamente o dia, a hora, o minuto, o segundo em que a sua vida vai ser "desligada"? Que tipo de pensamentos pode essa pessoa transmitir aos outros, os que aceitam a pena de morte e os que a condenam? É a isto tipo de perguntas que Vernon Lee Evans tenta responder no seu blog Meet Vernon. O mundo dos blogues não pára, de facto, e quando parece que já nada nos pode surpreender, eis que a vida real entra ainda mais longe pela blogosfera adentro. Independentemente do crime que Vernon cometeu, do tipo de defesa a que teve direito, se é de facto inocente ou não, não concordo nem nunca concordarei com a aplicação da pena de morte. É um acto tão desumano como aqueles que tenta punir. Não há crime que o justifique nem pode existir alguém (neste caso o governador do Maryland Robert Ehrlich) que se arrogue no direito de decidir se liga ou não o botão da cadeira eléctrica. As vidas que Vernon ceifou não serão devolvidas à vida apenas por o executarmos. "Two wrongs don't make one right".
sábado, fevereiro 04, 2006
sexta-feira, fevereiro 03, 2006
quarta-feira, fevereiro 01, 2006
A Fonte da Eterna Juventude
Há coisas que parecem mesmo ser eternas e há duas semanas atrás acabei de descobrir mais uma. Estive perto de uma hora e meia com a minha afilhada a ver episódios atrás de episódios (bendito Canal Panda) do Noddy. É esse mesmo, o Noddy cujos livros li muitas vezes quando ainda nem sequer tinha a idade da minha afilhada. Nem me lembro se na minha altura também houve desenhos animados, mas a memória dos livros da Enid Blyton nunca mais me deixou. E como personagem eterna que é, tive a confirmação que actualmente o Noddy está a ser re-descoberto por mais uma geração de crianças que fica intrigada com coisas tão simples como o porquê do carro do Noddy avariar ou porque é que as flores do seu jardim andam a desaparecer. Numa altura em que tanto se discute a violência de alguns desenhos animados e a excessiva dependência das crianças em relação à televisão, fico contente ao passar pela área de livraria da minha chafarica e ver uns quantos putos a ler avidamente as aventuras do Noddy. Mas também não vos aconselho a ver muitos episódios do Noddy seguidos, pois corremos o risco de pensar que o mundo é mesmo assim, cheio de paz, amizade e muitos pensamentos cor-de-rosa...
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