domingo, julho 12, 2009
Pela boca...
Ás vezes há coisas que parecem voltar para nos provar que nem sempre temos razão, ou para contrariar aquilo que pensemos ser a nossa razão. É o caso deste casaco. Este casaco decidiu atraiçoar-me, vil e rasteiramente. Quase se pensaria que leu as minhas palavras de oca esperança e achou que eu não o direito de o avaliar assim, daquela forma. E vai daí, tornou-se ainda mais antiquado, mais apertado, mais parecendo uma camisa-de-forças, apertando-me com a força das suas palavras amargas e vazias de verdadeiro amor. Não me parece que vá vesti-lo tão cedo. Poderei ceder à sua presença, mais não seja porque há elos que não se quebram, mas vesti-lo... Não, não consigo perante tamanha ignorância e soberba. Fica para outros o usarem, se não tiverem problemas em fecharem a sua própria alma dentro daquele casaco ultrapassado...
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
3 comentários:
Para (não) variar, certeiríssimo. Penoso, belo e certeiro.
Aquele abraço
Talvez seja triste sermos um casaco velho e confortável, Nuno...talvez todos nós ambicionemos ser o casaco preferido, a peça mágica, que se leva para a festa porque faz brilhar o nosso melhor ângulo de luz, o amuleto dos exames, o que é sempre escolhido...
o casaco velho e confortável acaba nisso mesmo, velho, esburacado, puído, pelo uso nas situações em que não queremos estragar nenhum dos outros...até estar sem préstimo. Até ir para o lixo ou para a reciclagem.
Ou ele próprio se desfazer...
...e hoje desculpa-me tu a falta de sorrisos :(
vou voltar para o vomitório que é melhor
Enviar um comentário