Ainda se sente a tua ausência. Quando entramos na casa, desviamos o olhar para onde te vimos pela última vez, na esperança de reavivarmos as memórias que temos de ti. Já passou quase um ano que não te temos junto de nós mas os olhos ainda ficam tristes quando não te vemos onde sempre te encontrámos. Falta-nos a tua alegria, o teu sorriso, a tua forma de ser que sempre nos fazia voltar. Sentimos que há uma parte de nós que foi contigo também, uma parte da nossa inocência e do nosso sentimento de mortalidade. Continuamos a nossa vida, como tu o desejarias, e continuamos a reunirmo-nos como o fazíamos contigo. Celebramos as nossas pequenas festas e aniversários e recordamos-te nos nossos risos e amor uns pelos outros. Tentamos esconder as nossas saudades por ti mas há sempre uma lágrima que nos denuncia e, ao mesmo tempo, te recorda. A dor não desaparece dos nossos corações mas quando nos juntamos, juntamo-nos para celebrar a tua vida e todos os momentos em que tocaste a nossa. Quero que saibas que, onde quer que a tua alma se encontre, nós nunca te esqueceremos nem ao amor que tinhas por nós. Temos saudades tuas. Sentimos a tua falta.
(escrito a 21 de Maio de 2006)
4 comentários:
Já passou quase um ano que não te temos junto de nós mas os olhos ainda ficam tristes quando não te vemos onde sempre te encontrámos.
Podem passar décadas... quem disse que a dor não se quantifica estava a mentir, ou pelo menos nunca perdeu ninguém significativamente importante.
Beijo grande meu amigo
A dor custa, mas também acaba por nos lembrar sempre, eternamente.
Beijos grandes de volta, amiga.
"A dor custa, mas também acaba por nos lembrar sempre, eternamente."
concordo com você. penso que não há nada mais nobre do que lembrar eternamente.
É isso mesmo, Luis. Lembrar sempre, mesmo quando a memória começa a fugir, temos de lutar contra a amnésia interna.
Obrigado pelo simpático comentário.
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