terça-feira, janeiro 03, 2012

Caminhada

E hoje a casa vai estar menos cheia, mais solitária. Não é muito triste, pois aqui e ali restam pequeninas coisas de quatro dias que arejaram o espaço, que lhe deram outra vida, a ele e ao respectivo inquilino. Será tempo de regressar a algumas rotinas que povoam os dias, umas mais reconfortantes que outras, mas nada que vá tirar o sono a alguém. São sempre chatas as despedidas, mesmo aquelas que apenas significam um mero até já. Nem mesmo com o cheiro a torradas e café acabado de fazer, nem assim chega para que não haja humidade ocular. Já devíamos estar habituados, digo eu. Mas nisso não há nada que se possa fazer, o coração, esse tão complicado pequeno orgão, há-de ter sempre razões que nem com uma boa rua se consegue descobrir. O que vale é que Janeiro é sempre sinónimo que festas atrás de festas, alegrias atrás de alegrias, de modo que não precisamos de muito mais tempo para estarmos outra vez juntos, a rolar por ruas e vielas, deixando que os nossos pés e demais membros cirurgicamente reciclados se deixem cansar em todas as pequenas calçadas portuguesas que vamos percorrendo nesta nossa vida. Até já.



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