Ontem à noite alguém me dizia que tinha descoberto quase por acaso este Espaço. E, mais estranho ainda, que tinha gostado do que cá tinha lido. Ainda que tenha achado quase todas as palavras bastante melancólicas, quando não mesmo tristes. Compreende-se. Há até quem já tenha falado em teletransporte de personalidade, qual beam me up scotty onde as moléculas tenham trocado de lugar com outro pseudo-escritor, trocando traços, trocando palavras. Os últimos tempos, até há duas semanas atrás, não tinham sido, de facto, fáceis. E o resultado acaba sempre por ser este mesmo, a permeabilidade dos sentimentos a passarem dos dedos para as teclas do computador. Mas depois das palavras de ontem, os neurónios ficaram a mexer, e a remoer, e a pensar em outras estórias que por aqui já passaram à ilharga, e que mesmo eu, ao lê-las, não conseguia evitar um sorriso daqueles solarengos, que o verão está quase aí. E achei que, um bocado inspirado pelas palavras do amigo de ontem e pelo milagre que aí vem cortesia de uma amiga do tamanho do mundo, está na altura de escrever outro
conto de fadas. E era nisto que estava a tornar-se mais um regresso habitual a casa. Até que ouvi estas palavras.
"You might need me more than you think you will"E não consegui evitar pensar em coisas das quais já me tinha esquecido. E também não evitei que os meus olhos ficassem enevoados, encobertos por outras coisas também elas
tristes.
Felizmente já não estava longe de casa. Felizmente estou mesmo determinado a escrever sobre coisas mais alegres. Até porque a vida tende a tornar-se mais alegre. Especialmente quando parece que finalmente os extraterrestres
chegaram e são uns gajos muita porreiros. MOV(e-te)!
5 comentários:
Não sei porque acharias estranho que alguém tivesse gostado do que lê por aqui. Palavras inspiradas e sinceras quase nunca falham em agradar aos outros.
(e se as coisas fossem sempre como parecem, não teriam metade da graça)
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Se descobrires como se ilumina os textos, diz-me... :)
Bem vindo.
Aquele Abraço.
Acho sempre estranho, Patricia. Mais não seja porque o mundo (mesmo o virtual) é mesmo muito grande, e palavras sinceras e inspiradas há em grande quantidade. E mais inpiradoras que as minhas. Eu sei, sou o meu maior crítico, mas não será sempre assim com quem escolhe passar para a palavra os pensamentos do dia-a-dia? Beijos e obrigado.
Amigo SK, a ti não preciso de dizer nada. Os teus textos já são só por si iluminados e confesso que também me iluminam a mim. Portanto, nunca deixes de os ir escrevendo. Abraço grande.
O melhor, pior, mais, ou menos inspirado haverá sempre. É a capacidade de tocar quem nos ouve, ou neste caso, te lê, que faz a diferença.
Eu continuarei a ler... com muita ou pouca "luz" ;)
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Obrigado.
É sempre bom ouvir(ler) palavras assim. Lá está, quem escreve não pode negar que gosta de ser lido. Ainda para mais por pessoas amigas.
:))
Obrigado e beijos.
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