quarta-feira, novembro 26, 2008

Diplomas...

O que seria da vida sem a primeira paixão, sem o primeiro momento de cama, sem o primeiro cigarro pós-coital, sem o primeiro amor, sem a primeira desilusão amorosa, sem a primeira sensação de que o mundo todo vai desabar em cima de nós, com o peso de infinitos tormentos?

E se pudéssemos ter à nossa frente um possível futuro "eu", um "eu" de uma dimensão alternativa cuja curva no tempo nos tivesse tornado um ser humano amargurado e desiludido com as escolhas que tinha tomado durante o processo de amadurecimento? E se esse nosso futuro "eu" nos pudesse, de alguma forma, voltar a por-nos nos carris para uma vida memorável, preservando tudo o que a nossa pequena vida éfemera realmente devia significar?

E se tudo isso acontecesse num único verão?

E se de alguma estranha e quase perversa maneira, ficção e realidade se pudessem encontrar numa esquina, num minúsculo ponto do nosso espaço, numa altura de todo inesperada, mas perfeitamente desejada?

Talvez fosse a altura certa para recorrer a um profissional da mente...

(smile)


4 comentários:

Anónimo disse...

Ó amigo, esse "futuro eu" redentor faz-me lembrar um tal de "Fantasma dos Natais futuros", cuja evocação aqui não será de todo despropositada, nesta época que tanto te atormenta, como ao velho Scrooge... ;-)

PenaBranca disse...

só falta acrescentar uma frase sobre reencarnação budista.

Nuno Guronsan disse...

Amigo do costume, tendo em conta estas últimas semanas e as vindouras, tenho-te a dizer que esta época já me atormentou mais. Hoje, são semanas quase iguais a todas as outras. Não há como a experiência para nos colocar as coisas na devida proporção. Isto para dizer que aqui não se trata de qualquer fantasma de natal futuro, trata-se isso sim de não cometer os mesmos erros daqueles que nos precederam. Ouvir.
Abraço.

Pena, reencarnação? Acho que a minha "doutrina" não concorda muito com essa filosofia. :)) E depois ainda podia reencarnar como "vacky", já viste o que seria de mim?
Abracete.

A disse...

Semanas quase iguais às outras, dizes... bem, isso é muito relativo, porque das duas, uma: ou fazes por que a tua vida seja um Natal constante, ou apagaste-o de vez da tua vida.

Deixo-te uma pergunta, cuja resposta será menos lógica para mim, que pouco conheço da vida desse grande escritor chamado Nuno Guronsan (nome de guerra claro): porquê uma época atormentada?

Já agora, deixo-te algo no ar: o que seria de um grande escritor como tu sem as tormentas que o acompanham?

E estou a falar bastante a sério. responde para o mail se tiveres tempo.

Beijo enorme