ma é o ato de apropriação. Podemos interrogar-nos: teria o poema
sido escrito sem o avistamento? Teria outro poema sido escrito em
seu lugar, exatamente àquela hora? Será provável que a visão do
poeta exista embrionária dentro da imaginação e seja despertada
por um avistamento real, que desencadeia uma relação emocional
a partir da qual o poema é construído? Se considerarmos nesses ca-
sos o que o poeta fez a partir do objeto avistado que está, mas não
está, contido no sujeito, poderemos comparar a imaginação a uma
substância inflamável à qual se chega um fósforo aceso."
Joyce Carol Oates
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