vagalhões doirados. Anda o desespero. Anda o instinto fe-
roz. Atrás disto andam as enxurradas de sóis e de pedras,
e os mortos mais vivos do que quando estavam vivos.
Atrás do tabique e das palavras anda a Vida e a Morte e ou-
tras figuras tremendas. Atrás das palavras com que te ilu-
des, de que te sustentas, das palavras mágicas, sinto uma
coisa descabelada e frenética, o espanto, a mixórdia, a dor,
as forças monstruosas e cegas.
(...)
Só a insignificância nos permite viver. Sem ela já o doi-
do que em nós prega, tinha tomado conta do mundo. A in-
significância comprime uma força desabalada.
Raul Brandão
6 comentários:
ai é?
É.
é sim senhor.
Por sorte, minha sorte...caí aqui. E voltarei :).
Volta sempre, Claudia. Tem um excelente domingo.
Obrigada Nuno, você também.
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