quarta-feira, setembro 24, 2014

Stranger Than Fiction

"As Harold took a bite of Bavarian sugar cookie, he finally felt as if everything was going to be ok. Sometimes, when we lose ourselves in fear and despair, in routine and constancy, in hopelessness and tragedy, we can thank God for Bavarian sugar cookies. And, fortunately, when there aren't any cookies, we can still find reassurance in a familiar hand on our skin, or a kind and loving gesture, or subtle encouragement, or a loving embrace, or an offer of comfort, not to mention hospital gurneys and nose plugs, an uneaten Danish, soft-spoken secrets, and Fender Stratocasters, and maybe the occasional piece of fiction. And we must remember that all these things, the nuances, the anomalies, the subtleties, which we assume only accessorize our days, are effective for a much larger and nobler cause. They are here to save our lives. I know the idea seems strange, but I also know that it just so happens to be true. And, so it was, a wristwatch saved Harold Crick. "


segunda-feira, setembro 15, 2014

the perks of being a wallflower

"I walk around the school
hallways and look at the
people. I look at the teachers
and wonder why they're
here. Not in a mean way. In a
curious way. It's like look-
ing at all the students and
wondering who's had their
heart broken that day... Or
wondering who did the heart
breaking and wondering why."

Stephen Chbosky

 

quarta-feira, setembro 03, 2014

"I'm so sorry for everything..."



Hoje tive uma ideia que já não me passava pela cabeça há muito tempo. Desde a altura em que era adolescente e tudo me parecia urgente, com o tempo a fugir por baixo dos meus pés. É uma ideia que normalmente me assusta de tão aterradora que é. Mas hoje, sentado num banco à beira-mar, sem vento e apenas com o cheiro da maresia, tenho que confessar que essa mesma ideia me pareceu acolhedora, confortável mesmo. É daqueles coisas que passam pela nossa mente, ainda que de forma fugaz, e o sentimento dura apenas alguns segundos, mas uma vez ocorrida e especialmente a forma como me senti em relação a ela, torna tudo muito difícil de interpretar. Lembro-me até de já ter escrito, ao longo dos anos, algumas palavras relacionadas com esta ideia. Mas mesmo quando o faço, acho que acabo por o fazer de uma forma distante e nunca com uma razão suficientemente forte para o justificar. Talvez não haja mesmo justificação. Acontece e pronto. Fim. E depois? Tão aterrador como a ideia em si, é não saber o que há depois. E não afasta a ideia que é uma história que fica a meio, sem a continuação normal dos dias. E como não sabemos o que acontece ao protagonista, esse mesmo fica na angústia de saber o que acontece a todos os outros, os que seguem pela estrada principal. Resumindo, tal como a ideia me deixa um pouco fora do meu normal ser, acontece que também não a consegui afastar o suficiente e ela acabou por cruzar-se comigo. No fundo sei porque é que isto acontece. Porque tenho demasiado tempo em mãos, porque os meus receios me têm rodeado mais vezes recentemente, e também porque me falta alguém. Alguém com quem a partilha fosse total, alguém que me desse a mão e se entregasse por completo a mim, alguém a quem eu me pudesse entregar na totalidade do meu ser. No meu âmago sei que isto poderia colocar ideias idiotas fora do meu cérebro. E que acabaria por ter nas minhas mãos algo mais importante que tudo o resto, algo que me reanimasse, me fizesse saltar o coração e seguir em frente. Um dia destes...


(Novembro de 2009. Toda uma outra vida que ficou lá atrás.)

"Baby, we'll be fine..."