A seca já leva quarenta e tal dias, mas ao menos nas fontes ainda há uma réstia de água. E é com este pequeno sinal de esperança para toda uma região entregue à sua própria sorte que chega ao fim o mês de Fevereiro. Com apenas uma honrosa excepção (a foto mais bonita, na minha opinião), todas as fotos foram tiradas no próprio dia a que correspondem. Foi uma iniciativa engraçada, que serviu para andar todos os dias com a máquina fotográfica para todo o lado, muitas vezes sem saber como me ia desenrascar para "picar o ponto". Deu origem a muitas e engraçadas e enigmáticas fotos, sendo que a grande maioria não veio aqui parar. Obrigado, J., pela ideia e pelo colorido dos dias. Hasta.
quarta-feira, fevereiro 29, 2012
Day 29: Water
A seca já leva quarenta e tal dias, mas ao menos nas fontes ainda há uma réstia de água. E é com este pequeno sinal de esperança para toda uma região entregue à sua própria sorte que chega ao fim o mês de Fevereiro. Com apenas uma honrosa excepção (a foto mais bonita, na minha opinião), todas as fotos foram tiradas no próprio dia a que correspondem. Foi uma iniciativa engraçada, que serviu para andar todos os dias com a máquina fotográfica para todo o lado, muitas vezes sem saber como me ia desenrascar para "picar o ponto". Deu origem a muitas e engraçadas e enigmáticas fotos, sendo que a grande maioria não veio aqui parar. Obrigado, J., pela ideia e pelo colorido dos dias. Hasta.
terça-feira, fevereiro 28, 2012
segunda-feira, fevereiro 27, 2012
domingo, fevereiro 26, 2012
Como o vinho do Porto
"boa noite, amigos, companheiros, camaradas
a vida é feita de pequenos nadas"
a vida é feita de pequenos nadas"
bonito, bonito concerto. obrigado.
sábado, fevereiro 25, 2012
sexta-feira, fevereiro 24, 2012
quinta-feira, fevereiro 23, 2012
quarta-feira, fevereiro 22, 2012
Day 22: Earrings for today
É escolher, freguesa, é escolher!
(Acho que ficaram a pensar que eu vou assaltar esta loja. Ou que ando a espionar a concorrência, ou algo do género... J., para a próxima baldo-me a esta categoria!! :)))
terça-feira, fevereiro 21, 2012
Day 21: My temptation
segunda-feira, fevereiro 20, 2012
domingo, fevereiro 19, 2012
Day 19: Shadow of me
A chegar a casa após uma caminhada pós-almoço. E reparo agora que a minha sombra está um pouco obesa, está mesmo a precisar de mais exercício. A sombra, entenda-se...
sábado, fevereiro 18, 2012
Day 18: A look
Um olhar. Invisível e uníssono. Para algo ou alguém que passa. Com a tranquilidade e reflexão que apenas muitos anos permitem. Dos seus postos de comando há muito reservados. Três homens. Um único olhar. Assim é, ao sábado.
sexta-feira, fevereiro 17, 2012
Day 17: Taste I love
Café acabado de fazer.
(Este dia sofreu enormes contingências em virtude de estar longe da cozinha da minha mãe. :)
(Este dia sofreu enormes contingências em virtude de estar longe da cozinha da minha mãe. :)
quinta-feira, fevereiro 16, 2012
quarta-feira, fevereiro 15, 2012
Day 15: Ancient door
Uma das entradas para a câmara municipal. Terá sido restaurada mas a madeira da porta ainda mantém um aspecto "ancient"...
terça-feira, fevereiro 14, 2012
Day 14: Fruit of season
segunda-feira, fevereiro 13, 2012
Day 13: Monument
O meu monumento preferido de Portalegre. O Plátano centenário da Praça do Rossio, tão velhinho, tão velhinho que já precisa de múltiplas canadianas para se aguentar de pé. Mas deixem vir o calor e é vê-los todos, debaixo da sua enorme sombra protectora. A propósito, o calor pode vir já, se faz favor...
domingo, fevereiro 12, 2012
Day 12: Hours
Horas, e horas, e mais horas. É o que me parece que o tempo demora sempre que há que limpar a casa. Tempo que seria tão bem mais empregue de outra forma, mas ao qual não há como escapar. E ela ainda goza comigo, a descansar sob a sombra da oliveira cá do terraço. Só me dá vontade de pegar no chapéu de feiticeiro e, e... É melhor não. :)
sábado, fevereiro 11, 2012
Day 11: What I miss today
Com duas pessoas a enviarem-me esta notícia, hoje só podia ter sentido saudades de uma coisa. Essa pequena e estranha iguaria culinária que é o kimchi. Saudades de Seul...
sexta-feira, fevereiro 10, 2012
Day 10: Original
Na parede cá de casa. Uma marafona comprada a uma simpática senhora em Monsanto e uma bonita estrela de Natal vinda directamente dos Açores pela mão da minha querida A., único adorno natalício cá da casa no final do ano passado e que se mantém orgulhosamente pendurada. Duas originalidades das quais muito gosto...
quinta-feira, fevereiro 09, 2012
Sem palavras.
Como é que foste capaz de fazer tal coisa?
Nem sequer consigo exprimir a minha surpresa, tristeza, falta de palavras.... enfim.
Não sei realmente o que te passou pela cabeça, mas espero, para o bem de toda a gente e especialmente daqueles que te estão mais próximos, que arrumes todas as tuas ideias, que penses bem o que queres da vida e que não te esqueças do que é realmente essencial.
Viver. Com mais ou menos dificuldades. Viver. Sempre.
Nem sequer consigo exprimir a minha surpresa, tristeza, falta de palavras.... enfim.
Não sei realmente o que te passou pela cabeça, mas espero, para o bem de toda a gente e especialmente daqueles que te estão mais próximos, que arrumes todas as tuas ideias, que penses bem o que queres da vida e que não te esqueças do que é realmente essencial.
Viver. Com mais ou menos dificuldades. Viver. Sempre.
Day 9: Things I couldn't live without
quarta-feira, fevereiro 08, 2012
Day 8: Corner of my house
Pequeno grande canto aqui da casa. As caras familiares de amigos, uns quantos livros e uma revista, os phones para ouvir música de embalar, e um candeeiro que, por vezes, fica aceso bem para lá do que seria razoável...
terça-feira, fevereiro 07, 2012
Day 7: History of feet
Local de trabalho mais verde não há... Pena que o calçado seja tão pouco confortável, mas não se pode ter tudo, não é verdade? :))
segunda-feira, fevereiro 06, 2012
O filho de mil homens
"Disse-lhe: havemos de compor as coisas. Também eu per-
cebi essa urgência. Mas não quero uma mulher qualquer,
alguém ao acaso que me leve e me use. Quero-te a ti.
Quero a mulher que fala sozinha com a areia e o mar,
a que veio ao meu encontro exacto. A Isaura sentiu que
estava triste e feliz ao mesmo tempo.
Ela perguntou: podes repetir.
Ele disse: amo-te, Isaura.
Subitamente, metade das coisas pareciam compostas."
cebi essa urgência. Mas não quero uma mulher qualquer,
alguém ao acaso que me leve e me use. Quero-te a ti.
Quero a mulher que fala sozinha com a areia e o mar,
a que veio ao meu encontro exacto. A Isaura sentiu que
estava triste e feliz ao mesmo tempo.
Ela perguntou: podes repetir.
Ele disse: amo-te, Isaura.
Subitamente, metade das coisas pareciam compostas."
Valter Hugo Mãe
Day 6: Lights in the night
domingo, fevereiro 05, 2012
Day 5: Inspiration
Depois de ter passado o dia a tirar fotos a tudo e mais alguma coisa, acabo por me lembrar daquilo que realmente mais inspira os meus dias, a amizade de verdade. E nada melhor do que uma foto com uma das melhores amizades que esta vida me proporcionou e que continua a ser uma parte muito importante de mim. Esta é para ti e para todos os verdadeiros amigos e amigas que completam a minha vida.
sábado, fevereiro 04, 2012
Day 4: That song
No dia de aniversário do navio mais conhecido do mundo com nome de cerveja. Quase imediatamente a ter tirado esta fotografia, só havia uma música que me atravessava o pensamento, e assim passou a ser esta a alternativa a tirar uma foto da capa do disco. Espero não ter "contornado" as regras do desafio. :))
nick cave & the bad seeds "the ship song"
sexta-feira, fevereiro 03, 2012
Day 3: Texture
Lençois polares. A maior invenção desde a roda. O único problema é que custa imenso deixá-los de manhã, assim, solitários, sem a nossa companhia...
quinta-feira, fevereiro 02, 2012
palavras para amanhã
"Falemos de casas, do sagaz exercício de um poder
tão firme e silencioso como só houve
no tempo mais antigo.
Estes são os arquitectos, aqueles que vão morrer,
sorrindo com ironia e doçura no fundo
de um alto segredo que os restitui à lama.
De doces mãos irreprimíveis.
- Sobre os meses, sonhando nas últimas chuvas,
as casas encontram seu inocente jeito de durar contra
a boca subtil rodeada em cima pela treva das palavras.
Digamos que descobrimos amoras, a corrente oculta
do gosto, o entusiasmo do mundo.
Descobrimos corpos de gente que se protege e sorve, e o silêncio
admirável das fontes –
pensamentos nas pedras de alguma coisa celeste
como fogo exemplar.
Digamos que dormimos nas casas, e vemos as musas
um pouco inclinadas para nós como estreitas e erguidas flores
tenebrosas, e temos memória
e absorvente melancolia
e atenção às portas sobre a extinção dos dias altos.
Estas são as casas. E se vamos morrer nós mesmos,
espantamo-nos um pouco, e muito, com tais arquitectos
que não viram as torrentes infindáveis
das rosas, ou as águas permanentes,
ou um sinal de eternidade espalhado nos corações
rápidos.
- Que fizeram estes arquitectos destas casas, eles que vagabundearam
pelos muitos sentidos dos meses,
dizendo: aqui fica uma casa, aqui outra, aqui outra,
para que se faça uma ordem, uma duração,
uma beleza contra a força divina?
Alguém trouxera cavalos, descendo os caminhos da montanha.
Alguém viera do mar.
Alguém chegara do estrangeiro, coberto de pó.
Alguém lera livros, poemas, profecias, mandamentos,
inspirações.
- Estas casas serão destruídas.
Como um girassol, elaborado para a bebedeira, insistente
no seu casamento solar, assim
se esgotará cada casa, esbulhada de um fogo,
vergando a demorada cabeça para os rios misteriosos
da terra
onde os próprios arquitectos se desfazem com suas mãos
múltiplas, as caras ardendo nas velozes
iluminações.
Falemos de casas. É verão, outono,
nome profuso entre as paisagens inclinadas
Traziam o sal, os construtores
da alma, comportavam em si
restituidores deslumbramentos em presença da suspensão
de animais e estrelas,
imaginavam bem a pureza com homens e mulheres
ao lado uns dos outros, sorrindo enigmaticamente,
tocando uns nos outros –
comovidos, difíceis, dadivosos,
ardendo devagar.
Só um instante em cada primavera se encontravam
com o junquilho original,
arrefeciam o resto do ano, eram breves os mestres
da inspiração.
- E as casas levantavam-se
sobre as águas ao comprido do céu.
Mas casas, arquitectos, encantadas trocas de carne
doce e obsessiva - tudo isso
está longe da canção que era preciso escrever.
- E de tudo os espelhos são a invenção mais impura.
Falemos de casas, da morte. Casas são rosas
Para cheirar muito cedo, ou à noite, quando a esperança
Nos abandona para sempre.
Casas são rios diuturnos, nocturnos rios
Celestes que fulguram lentamente
Até uma baía fria – que talvez não exista,
como uma secreta eternidade.
Falemos de casas como quem fala da sua alma,
Entre um incêndio,
Junto ao modelo das searas,
na aprendizagem da paciência de vê-las erguer
e morrer com um pouco, um pouco
de beleza."
tão firme e silencioso como só houve
no tempo mais antigo.
Estes são os arquitectos, aqueles que vão morrer,
sorrindo com ironia e doçura no fundo
de um alto segredo que os restitui à lama.
De doces mãos irreprimíveis.
- Sobre os meses, sonhando nas últimas chuvas,
as casas encontram seu inocente jeito de durar contra
a boca subtil rodeada em cima pela treva das palavras.
Digamos que descobrimos amoras, a corrente oculta
do gosto, o entusiasmo do mundo.
Descobrimos corpos de gente que se protege e sorve, e o silêncio
admirável das fontes –
pensamentos nas pedras de alguma coisa celeste
como fogo exemplar.
Digamos que dormimos nas casas, e vemos as musas
um pouco inclinadas para nós como estreitas e erguidas flores
tenebrosas, e temos memória
e absorvente melancolia
e atenção às portas sobre a extinção dos dias altos.
Estas são as casas. E se vamos morrer nós mesmos,
espantamo-nos um pouco, e muito, com tais arquitectos
que não viram as torrentes infindáveis
das rosas, ou as águas permanentes,
ou um sinal de eternidade espalhado nos corações
rápidos.
- Que fizeram estes arquitectos destas casas, eles que vagabundearam
pelos muitos sentidos dos meses,
dizendo: aqui fica uma casa, aqui outra, aqui outra,
para que se faça uma ordem, uma duração,
uma beleza contra a força divina?
Alguém trouxera cavalos, descendo os caminhos da montanha.
Alguém viera do mar.
Alguém chegara do estrangeiro, coberto de pó.
Alguém lera livros, poemas, profecias, mandamentos,
inspirações.
- Estas casas serão destruídas.
Como um girassol, elaborado para a bebedeira, insistente
no seu casamento solar, assim
se esgotará cada casa, esbulhada de um fogo,
vergando a demorada cabeça para os rios misteriosos
da terra
onde os próprios arquitectos se desfazem com suas mãos
múltiplas, as caras ardendo nas velozes
iluminações.
Falemos de casas. É verão, outono,
nome profuso entre as paisagens inclinadas
Traziam o sal, os construtores
da alma, comportavam em si
restituidores deslumbramentos em presença da suspensão
de animais e estrelas,
imaginavam bem a pureza com homens e mulheres
ao lado uns dos outros, sorrindo enigmaticamente,
tocando uns nos outros –
comovidos, difíceis, dadivosos,
ardendo devagar.
Só um instante em cada primavera se encontravam
com o junquilho original,
arrefeciam o resto do ano, eram breves os mestres
da inspiração.
- E as casas levantavam-se
sobre as águas ao comprido do céu.
Mas casas, arquitectos, encantadas trocas de carne
doce e obsessiva - tudo isso
está longe da canção que era preciso escrever.
- E de tudo os espelhos são a invenção mais impura.
Falemos de casas, da morte. Casas são rosas
Para cheirar muito cedo, ou à noite, quando a esperança
Nos abandona para sempre.
Casas são rios diuturnos, nocturnos rios
Celestes que fulguram lentamente
Até uma baía fria – que talvez não exista,
como uma secreta eternidade.
Falemos de casas como quem fala da sua alma,
Entre um incêndio,
Junto ao modelo das searas,
na aprendizagem da paciência de vê-las erguer
e morrer com um pouco, um pouco
de beleza."
Day 2: Something sweet
Uma vez que estou longe dos "meus" travesseiros da Piriquita e dos gloriosamente diabéticos croissants do Careca, há que explorar o mundo da doçaria alentejana. Como é demasiado cedo para me atirar aos doces conventuais, e como não quero transformar todo o meu sangue em açucar líquido, fico-me por uma bolema de noz, ainda quentinha, directamente do produtor ao consumidor. Caro Álvaro, tens aqui mais um belo item para exportar e resolver de uma vez por todas esta chatice da austeridade.
quarta-feira, fevereiro 01, 2012
Day 1: Color of the season
Enquanto não vêm as nuvens escuras com a promessa das bem-vindas chuvadas pelas quais tantos e tantos agricultores anseiam, e com as previsões de abruptas descidas de temperatura para o fim-de-semana, a cor que mais me tem acompanhado nestas terras alentejanas é, sem dúvida, o azul intenso de céus livres de nuvens e monopolizado por um sol luminoso que torna todos os dias um pouco mais optimistas. Pelo menos para mim...
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