Voltar ao tempo em que se gatinhava. Em que se descobria o espaço à nossa volta.
Recordar caminhos de cabras calcorreados.
Relembrar a importância de meia dúzia de degraus com muitas histórias incrustadas em cada um deles.
Rever as caras daqueles que ficaram na penumbra dos nossos dias. Longe da vista, longe das artérias principais do coração, mas nunca esquecidos, e muitas vezes lembrados.
Ver o passado alterado, acrescentado, inovado. Sentir que o pulso é outro, pelo menos em algumas coisas, uma vez que no essencial, no esqueleto de tudo, nada se alterou. Está tudo como deixei.
Constatar que sim, a minha ausência foi notada, e sempre pelas pessoas que interessam.
Confrontar-me com o passado, o passado que não me larga, por mais voltas que eu dê, ao globo e na minha cabeça.
E imaginar que, por uma noite, sob as estrelas, com os mesmos ruídos de há muitos anos atrás, tu estás ali, ao meu lado, sem nunca me teres largado, no único sítio onde alguma vez fizémos sentido.
Dia 1.
4 comentários:
'living hearts feel alike'.
estes teus últimos posts fazem-me ter vontade de te dar um abraço.
(um brinde aos fantasmas que nos ensombram - olhos nos olhos, para melhor os arrumar, um dia destes..)
um abraço.
O passado... sempre presente, por muito que se viva!!! Gostei muito das tuas palavras!
Uma excelente Páscoa !!
Beijocas
Caro Nuno,
Uma Páscoa feliz para ti e para aqueles que notam a tua ausência.
Abraço,
Obrigado, Gi, Alexandra e Ricardo. Espero que este tempo de Páscoa vos tenha encontrado em paz e com a felicidade que eu tive o prazer de desfrutar.
Obrigado por lerem estas palavras. Significa muito.
Enviar um comentário