Senti o mesmo.
Pensei em escrever sobre isso tal como tu.
De forma subtil e quase estranha, lá as coisas tornaram-se mais reais, não porque tenha descoberto horrores ou contornos da história que não conhecia, mas porque os números ganharam rosto.
Um rosto que não era nem de um actor num filme, nem estava numa fotografia de um livro.
Como se as telas e letras, ali, tivessem uma essência especial que se infiltrava na alma.
O que vi nos museus e memoriais que visitámos, desdobrou a História em várias histórias, várias famílias, em pessoas.
Tocou-me de um forma suave e ao mesmo tempo quase esmagadora.
Já chorei a ver documentários sobre o Nazismo e até mesmo sobre o muro de Berlim.
Curiosamente lá não chorei. Talvez porque inconscientemente me tenha apercebido que não tinha direito a sofrer por dores que não eram realmente minhas.
No meio disto tudo gostei também de recordar, que mesmo na escuridão e alheamento há sempre quem lute, quem se recuse a ir com a maré e ajude os outros mesmo correndo risco de vida.
bjs
RF
domingo, abril 27, 2008
Do vazio - II
"Anónimo disse...
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1 comentário:
Ainda há quem diga.
E enquanto houver quem diga, haverá memória.
E enquanto houver memória, haverá a esperança, mesmo que ínfima, de que o travão seja accionado.
a ignomínia é uma palavra difícil. uma palavra sem h, como os 'omens' que a justificam, nas páginas, nos parágrafos, nas linhas ou simplesmente nos rodapés da História e das histórias.
grande Nuno.
gi.
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