Hoje já mencionei, falei, escrevi a palavra saudade umas dez vezes.
Serei eu um saudosista vertebrado e inconsequente?
Há quem me acuse de não passar de um amigo de Alex.
Há quem partilhe comigo toda uma série de coisas que gostámos de viver e que, de vez em quando, gostamos de recordar.
Mas hoje apenas me limitei a lembrar um passado não muito distante.
E de como as coisas rapidamente mudam, com a velocidade de um tornado.
E o que ontem nos ocupava horas sem fim, de puro deleite, hoje parecem fazer parte de um album de fotografias a preto e branco, que apenas nos lembramos de abrir quando estamos sozinhos ou na companhia de pessoas que também já quase tínhamos esquecido.
E depois sentimos um arrepio, ou um aperto no peito.
Porque reviver esses ínfimos momentos acaba por doer ainda mais do que a altura em que os vivemos.
E é impossível não ter saudades de alguns desses apertos de peito.
Por mais que nos tentemos travar.
4 comentários:
Tudo se pode meu caro e ainda queremos mais poder o que não se pode e isso também se pode.abraço
Querer, poder, fazer.
Se fosse assim tão fácil...
Abraço, meu caro.
Pô, muito bom. Não conheço a história por trás da escrita, mas é muito fácil identificar-se com isto que está aí. Muito bom mesmo.
Obrigado, Paulo. Uma enorme vénia para ti.
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