"O presidente da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental afirmou hoje que pelo menos 14% das mulheres que abortam sofrem de stress pós-traumático, citando um estudo norte-americano, numa iniciativa da plataforma «Não, Obrigada»."
(Diário Digital)
Portanto, nada melhor que combater o stress pós-traumático de um aborto (numa clínica ou num "vão de escada", ou será que os níveis de stress são iguais em ambos os casos?, pelo menos na perspectiva da plataforma do Não) do que manter uma lei que condena as mulheres à prisão só porque tiveram uma decisão que só a elas lhes compete. Sim, porque o cárcere não deve conduzir a nenhum tipo de stress pós-traumático, quase de certeza. E não me venham dizer que apenas meia dúzia de casos é que chegam realmente à barra dos tribunais, pois um só caso que lá chegue já é o suficiente para demonstrar o quão hipócrita e desumana é esta lei. Ou julgam mesmo que se o Não ganhar o referendo, as IVGs vão desparecer como por artes mágicas? Ou será que todos aqueles que agora se identificam como pró-vida vão passar a usar palas nos olhos depois do referendo?
8 comentários:
Que disparate... os números (que aparentemente não interessava revelar) devem dar valores pelo menos três vezes maiores para as depressões pós-parto e não é por causa disso que é proibido engravidar. Essas afirmaçções valem o que valem, nada.
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É isso, amigos, essas afirmações não valem nada. Mas vão fazendo o seu caminho. Os partidários do "não" persistem nesta linha de argumentação, que, não esqueçamos, vende (sejamos realistas) e do lado do "sim" não se pode "baixar a guarda". O comentário do Raposo é o "tiro certeiro", a resposta em que logo pensamos para essa argumentação, mas que infelizmente não ouvimos. E é preciso dizê-lo, responder sempre, porque sim e porque não devemos fiar-nos nas sondagens, para que por sobre o país real não venha a surgir de novo esse "país profundo", de uma triste e trágica realidade...
pois é, meu amigo, tens razão! é uma hipocrisia! Os que sao a favor do "não" apelam ao interesse pela vida! Mas esquecem-se que os que são a favor do "sim" são também a favor do interesse pela vida mas, fundamentalmente, pela liberdade de escolha! E então já que se fala do stress pós-traumático do aborto, também se pode falar do stress de ser alvo de um processo crime! E aos que são pelo "não" atirem a 1ª pedra... E gostava de ver como era se essa situação lhes batesse pela porta...
sonialx
Ser a favor ou contra o aborto não é o caso...trata-se de legalizar e depois disso "cada cabeça sua sentença", deixar que cada mulher seja livre de decidir por si!
Para quêm continuar a tapar o sol com a peneira, se os abortos nunca vão deixar de se praticar? para quê deixar que continuem a morrer mulheres que se sujeitam a intervenções manhosas?
E estou com a sonialx - como iriam os ditos a favor do "não" reagir numa situação dessas??
Nada de novo - o presidente dos psiquiatras não ter saúde mental, não saber "ler" números (estes e os outros que não dão jeito), enfim... mais um aborto!
Já agora, a propósito de números, a RFM (que, valha a verdade, teve a decência de assumir a sua posição "pró-não"), anunciou que a grande maioria dos movimentos (cerca de 2/3) era a favor do "Não", "esquecendo-se" de dizer que um movimento até pode ser criado por uma só pessoa (pelo que esse argumento vale zero!) e que - muito mais importante que isso - as últimas sondagens (que eles, obviamente, ignoraram), dão cerca de 65% para o "Sim".
Finalmente, chamo à atenção para que, antes do último referendo, a sitaução "sondática" era igual e o "Sim" perdeu devido à abstenção por "excesso de confiança". Assim, espero que desta vez ninguém desmobilize e que toda a gente vá votar.
Um abraço
Para mim a questão argumentativa dos chamados "defensores da vida" (como se os defensores do sim não o fossem) tem tantos buracos que só argumentação baixinha como a citada consegue ter alguma visibilidade. Pior ainda são os outdoors que por aí se vêm.
Incrível.
Mas espero que o sim vença desta vez. Inquivocamente. Embora ache que a Assembleia da República, com a reserva de lei que lhe assiste devesse legislar nesse sentido, sem referendos. Esta é uma questão de saúde pública, de dignidade humana, de uma escolha tão pessoal relativa a algo tão íntimo que qualquer intervenção moralizante ou legislativa é, no mínimo, inaceitável.
Eu sou a favor do Não e concordo convosco. Que estes números não interessam nada. Até podem ser mais, ou menos. E depois? Continuo sem perceber o pq desses ataques pessoais.
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