entra en el corazón,
como la reja del arado
en el yermo.
No.
No me lo claves.
No.
El puñal,
como un rayo de sol,
incendia las terribles
hondonadas.
No.
No me lo claves.
No."
Federico García Lorca
Tardes frias e cinzentas devem passar-se com pessoas ao lado. Ainda que sejam desconhecidas e quase todas falem uma língua que não seja a nossa. Porque, às vezes, esse é todo o calor que precisamos para nos sentirmos parte de um mundo que teima em auto-destruir-se lentamente. E no meio de tanta gente diferente e anónima, que se congrega num espaço que gostam em comum, acaba por ser uma espécie de lareira à volta da qual todos nos podemos reunir, ler os nossos livros num sofá de muitas gerações, sorrir com as brincadeiras das crianças que correm à volta da árvore, e ouvir estórias de vidas que andam ali, ao nosso lado, na rua.
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