"Uma reunião de pessoas com graus diferentes de intimidade entre si, tensões latentes e substâncias alcoólicas ou outras circulando em abundância são ingredientes ideais para uma noite animada - se não para os convivas, certamente para quem está na plateia. As máscaras caem, a violência explode, há uma espécie de catarse e a luz da manhã traz um olhar diferente sobre a vida. Mas este espectáculo é um iceberg em que a parte submersa quer continuar a sê-lo e só muito raramente espreita - as personagens hão-de desagregar-se e vão dizer-se verdades e meias verdades, só que as pistas correm o risco de passar despercebidas na confusão das vozes. Quem são estas pessoas, o que comemoram? As respostas serão tardias e fragmentárias."
Que é como quem diz, VÃO-SE TODOS FODER!
Mas só porque somos amigos, ouviram?
Até dia 27 no
Teatro Maria Matos.
6 comentários:
Nós não somos egoístas, as pessoas em geral é que são...
O que vale é que somos todos convidados. Com vida. A nossa e a daqueles com quem (con)vivemos.
seja qual for o contexto....o texto é extraordinário e objecto de reflexão...
Para compreender o contexto, nada como ir ver a peça, caro Luís. A minha amiga Cláudia Gaiolas agradece, com toda a certeza, a preferência.
Abraço.
"As pessoas em geral" é, de facto, uma figura curiosa, mas o Machado pareceu-me um pouco mais claro e confesso - nós mesmos somos egoístas, mesmo quando (con)vivemos. Um pequeno grão de areia na engrenagem? Mas meus amigos, não sabemos já quanto é necessária a areia para "autenticar" as amêijoas?! ;-)
E se fôssemos todos perfeitos convivas, sem um único grãozinho de areia, que piada é que isso tinha?
Eu falo por mim. Gosto dos meus amigos assim, imperfeitos, com as suas qualidades e defeitos e a conviver com tudo o que os faz meus amigos. Mesmo os anónimos do costume.
:)
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