sois inofensivas?
Estremeceis. Não posso tocar-vos.
Ponho as minhas mãos por entre as chamas. Mas nada queima.
E fico exausta quando vos vejo
estremecer assim, pregueadas e rubras como a pele da boca.
Uma boca há pouco ensanguentada.
Pequenas orlas de sangue!
Há nela um fumo que não consigo tocar.
Onde está o vosso ópio, as vossas cápsulas nauseabundas?
Se eu pudesse esvair-me em sangue ou dormir!...
Se a minha boca conseguisse desposar uma tal ferida!
Ou os vossos licores me penetrassem, nesta cápsula de vidro,
trazendo-me a acalmia e o silêncio.
Mas sem cor. Sem nenhuma cor.
Sylvia Plath
2 comentários:
ou sou eu que não estou muito inspirado ou essa sujeita escreve mesmo de forma algo deprimente. valeu-nos a palhaçada à beira-mar para ter um dia bem animado. venham mais cinco.
:(
vislumbro algo de negro no horizonte... e não gosto do que vejo... valha-me o Guronsan q acabei de tomar... the real one...
:P
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