segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Ondas Sonoras - XXV


Primeiro a claridade.
Mergulhada de repente numa escuridão quase palpável.
Fumo.
Suor.
A batida que faz estremecer as paredes.
As ondas perturbadoras de um baixo ensurdecedor.
Os efeitos electrónicos que anunciam algo de inquietante.
A guitarra àspera, possuída, omnipresente.
A voz que anuncia o lado mais escuro, mais decadente, mais redentor do ser humano.
As músicas lancinantes que penetram no cérebro e o recordam que estas músicas estão lá, escondidas num recanto do néocortex.
A constatação que mesmo longe da espiral de auto-destruição de outros tempos, está a fazer-se história, ali diante dos nossos olhos feridos pelos rasgos eventuais de luz fulminante.
Que a música também pode acordar os nossos instintos mais primários e que isso pode satisfazer necessidades que nem sequer sabíamos ter.
Que aqui nasceu e morreu muita música dos últimos (quase) vinte anos.
Ladies and gentlemen, boys and girls, meet Mr. Trent Reznor.

1 comentário:

A disse...

Mesmo sem ter estado presente, estive num momento, pois alguém me ligou de lá: Hurt.

Muito bom.

:)