Isto de ser confrontado com as nossas amarguras via éter tem muito que se lhe diga. Até porque o que foi dito até trazia consigo uma certa aura de pan-pipes que normalmente apenas causa o escárnio e mal-dizer. O problema... O problema acaba por ser o piloto automático. Se este não existisse, mesmo com obras de ampliação, lama e vidros a precisar de água, talvez o cérebro estivesse mais desligado ou mais concentrado no caminho, e assim não lhe desse para o denaveio súbito, acabando por fazer uma tempestade num copo de água que, sinceramente, já não bebia há algum tempo. E de repente a sede fez-se rio de lágrimas amargas, daquelas que preferimos não conhecer, mas que a vida madrasta nos faz questão de recordar, talvez para melhor sabermos que não há nada eterno, nem as tristezas nem as alegrias, tudo está sempre à beira de um precípicio, ou melhor, de uma montanha-russa que eventualmente nos devolva à casa de partida.
Estou ao lado.
E vou largar a oxigénio de lado.
Wrong time. Wrong theories. Wrong page.
11 comentários:
ora bem, nem sei por onde começar. para quem está ao lado, um autopiloto deve ser o pior dos remédios. quantas vezes ele leva para o caminho tradicional, esperado e amorfo, e não o cativante e desafiante. não há pan-pipes por aí, apenas lugar para um Jai Ho. o autopiloto pode por isso ser perigoso.
essa água tempestuosa só pode ser ardente. ou brennivin engarrafado com um futetas? querias que o mal se fosse, mas não, ampliou-se?
meu conselho: saiu desse avião desgovernado, pois a tecnologia e a emoção já foram ultrapassadas. entra no século XXI: vai a pé, que é mais económico e saudável. e aí ao menos não há autopilotos.
e já agora, como dizia a outra: amigo é casa.
Parece que hoje acertei na quinta-feira, mas me desencontrei de ti no blog.
Bjs
RF
don't feel it.
enjoy it
http://www.youtube.com/watch?v=wqs3-aRAdac
beijo
Amigo Pena, se as minhas palavras já eram confusas, o que dizer das tuas... Isso quase parece um cocktail que passou o prazo de validade, foi confiscado pela ASAE, e acabou por fugir, arrastando-se para uma qualquer sargeta imunda...
O momento ao lado durou o que durou, às vezes faz falta ter momentos assim, altos e baixos estilo estrada islandesa... ;)
RF, desencontrados apenas na Net. Só isso... Por muitas divergências "anormais" que possamos ter... :)
Ouuuummmm.... Beijos.
É isso, calamity. Embracing your own private blues... Beijos.
:) bom saber...
Sempre gostei da tolerância perante as divergências. Todos diferentes, todos iguais
Bj
RF
Existem, por vezes, momentos insuspeitáveis cheios de verdade, ainda que ditos de forma suave, que nos ferem por dentro, a demonstrar a veracidade do que se disse.
Só quem se interroga reconhece verdadeiramente esses momentos. Ao contrário do que a grande maioria pensa ou julga, todos nós nos interrogamos a cada dia que passa. Estou a fazer um workshop/acção de formação que trata disso mesmo, sabermo-nos ajudar para conseguir ajudar outros.
Há que demolir certas paredes e pilares para se poder construir algo melhor.
Beijinhos
Brilhante, brilhante, brilhante!
Aqueel Abraço!
[denaveio súbito]
... é. é isso.
(e desculpa a intromissão)
*
Gosto de pensar que inspirei este teu devaneio. =)
Beijos.
Querida A,
"Existem, por vezes, momentos insuspeitáveis cheios de verdade, ainda que ditos de forma suave, que nos ferem por dentro, a demonstrar a veracidade do que se disse."
Nada do que está escrito neste pequenino "blues" chega perto deste tua afirmação. É isto mesmo, sem tirar nem pôr. Obrigado. Não há gestos que paguem afinidades destas.
Beijos.
SK, curvo-me perante tamanho elogio. Obrigado, meu amigo.
Cara A., obrigado pela intromissão. Esteja sempre à vontade para flutuar sobres este espaço e dar-lhe um pouco mais de cor.
Sim, Cate, em parte sim, a inspiração veio de um canto que me parece cada vez menos obscuro. E sem acidentes ;)
Beijos.
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