domingo, janeiro 25, 2009

Acima de tudo, o amor

"Ainda que eu falasse línguas,
as dos homens e dos anjos,
se não tivesse amor,
seria como sino ruidoso
ou como címbalo estridente.

Ainda que tivesse o dom
da profecia,
o conhecimento de todos
os mistérios e de toda a ciência;
ainda que tivesse toda a fé,
a ponto de transportar montanhas,

se não tivesse amor, nada seria.

Ainda que eu distribuísse
todos os meus bens aos famintos,
ainda que entregasse
o meu corpo às chamas,
se não tivesse amor,
nada disso me adiantaria.

O amor é paciente,
o amor é prestativo;
não é invejoso, não se ostenta,
não se incha de orgulho.

Nada faz de inconveniente,
não procura o seu próprio interesse, não se
irrita, não guarda rancor.

Não se alegra com a injustiça,
mas regozija-se com a verdade.

Tudo desculpa, tudo crê,
tudo espera, tudo suporta.

O amor jamais passará.
As profecias desaparecerão,
as línguas cessarão,
a ciência também desaparecerá.

Pois o nosso conhecimento
é limitado;
limitada é também a nossa profecia.

Mas, quando vier a perfeição,
desaparecerá o que é limitado.

Quando eu era criança,
falava como criança,
pensava como criança,
raciocinava como criança.
Depois que me tornei adulto,
deixei o que era próprio de criança.

Agora vemos como em
espelho
e de maneira confusa;
mas depois veremos face a face.
Agora o meu conhecimento
é limitado,
mas depois conhecerei
como sou conhecido.

Agora, portanto,
permanecem estas três coisas:
a fé, a esperança e o amor.

A maior delas, porém, é o amor."


S. Paulo

4 comentários:

Patricia Dias disse...

Lindas, estas palavras que nos deixaste.

No final acredito nas mesmas três coisas, mas sempre, sempre ligadas entre si: a fé e a esperança no amor.

***

Nuno Guronsan disse...

Tenho de reconhecer que é dificil, nos nossos dias, acreditar em qualquer uma das três, mas presumo que enquanto houver pessoas a escreverem desta maneira e a deixarem-nos maravilhados com o poder das palavras, sim, talvez seja possível continuar a ter fé, continuar a ter esperança, e continuar a amar...

Beijos.

A disse...

Perdi a minha fé nas pessoas, confesso, ou tenho vindo a separá-las em dois grandes grupos... quanto à esperança.. é de facto a última a morrer. Tenho esperança que as coisas ainda mudem, numa perspectiva global, num todo, que ainda venha a encontrar pessoas boas e de grande coração e talento (como tu)... quanto ao Amor... como não acreditar na maior arma do Mundo? e na maior doença, já agora...?

Beijo enorme Nuno

Nuno Guronsan disse...

O que é a esperança senão uma centelha interior de fé de que as coisas, todas elas, vão melhorar?

E é assim que também acredito que, genuinamente, as pessoas boas excedem em larga medida aquelas que nos fodem o juízo. Sim, é mesmo assim, à bruta.

E é por isso que o amor... o amor consegue ser tão bom e tão difícil... não há como desistir perante tamanha dicotomia...

Talento e tal, blá blá ;)))

Beijos, minha querida.