quinta-feira, março 31, 2016

let it burn

                                               "O poeta é aquele que vê; o poe-
ma é o ato de apropriação. Podemos interrogar-nos: teria o poema
sido escrito sem o avistamento? Teria outro poema sido escrito em
seu lugar, exatamente àquela hora? Será provável que a visão do
poeta exista embrionária dentro da imaginação e seja despertada
por um avistamento real, que desencadeia uma relação emocional
a partir da qual o poema é construído? Se considerarmos nesses ca-
sos o que o poeta fez a partir do objeto avistado que está, mas não
está, contido no sujeito, poderemos comparar a imaginação a uma
substância inflamável à qual se chega um fósforo aceso."

Joyce Carol Oates


 

Porque é sempre bom recordar



Quase dá vontade de ver tudo outras vez, mas há que esperar e ser paciente. Primeiro, é dar a conhecer esta obra-prima a um amigo que tem tanto de grande como de recente. Acredito que ele vá gostar mesmo muito, mas é esperar para ver...

A imagem é, como de costume e cada vez que aparece vinda destes lados, dirigida a todos aqueles que insistem em complicar esta única, extraordinária, breve, irrepetível, finita vida que todos nós temos...

 

quarta-feira, março 23, 2016

Desabafo fora de tempo e espaço

... às vezes sinto-me completamente rodeado de Baldricks, ao ponto de quase me transformar num...



segunda-feira, março 21, 2016

Preocupante



"If we're right, people lose homes. People lose jobs. People lose retirement savings, people lose pensions. You know what I hate about fucking banking? It reduces people to numbers. Here's a number - every 1% unemployment goes up, 40,000 people die, did you know that?"


quarta-feira, março 02, 2016

A condição humana

                                               "(...) tudo aquilo por que os homens
aceitam deixar-se matar, para além do interesse, tende mais ou menos
confusamente a justificar essa condição, fundamentando-a na dignidade:
cristianismo para o escravo, nação para o cidadão, comunismo para o ope-
rário. (...) Por outro lado, os homens são talvez indiferentes ao poder...
O que os fascina nessa ideia, vê você, não é o poder em si, é a ilusão do
bel-prazer. O poder do rei é governar, não é? Mas o homem não quer
governar: tem vontade de forçar, como você disse. De ser mais do que
homem, num mundo de homens. Escapar à condição humana, era o que
eu dizia. Não apenas poderoso: todo-poderoso. A quimérica doença, de
que a vontade de poder é a justificação intelectual, é a vontade de divin-
dade: todo o homem sonha ser deus."

André Malraux