sexta-feira, setembro 30, 2011

domingo, setembro 18, 2011

A memória luminosa


Era capaz de te ouvir tocar a noite toda. Obrigado pela partilha.


quinta-feira, setembro 08, 2011

Americana

"A solidão intensa só se torna insuportável quando não há nada que queiramos dizer aos outros."

Don DeLillo


quarta-feira, setembro 07, 2011

Adeus.

Nunca a esqueceremos. Pois era uma pessoa linda, especial como poucas, com quem gostávamos de estar e que nos custava deixar. Sempre que estava com ela, ficava sempre mais feliz do que antes de a encontrar. A minha vida foi mais rica só por a ter conhecido, só por a ter visto sorrir, só por ter tido a benção da sua amizade. Que a sua alma seja feliz onde quer que esteja.




terça-feira, setembro 06, 2011

Simples.

Ocorre-me que a vida é um vestido. Um vestido cor de sangue, comprido, ocupando o espaço impunemente, sem prestar contas a quem quer que seja. Umas vezes amarrotado, derrotado, no chão, ignorado e pisado sem piedade. Outras vezes esvoaçando, ao sabor do vento que sopra, vivo, alegre, despreocupado e com vontade de voar por esse mundo fora, conhecendo tudo o que há para conhecer. Por vezes arrumado, numa caixa num armário, longe dos olhos de todos, só e isolado. Mas ainda algumas vezes, passeando pela rua, simples e sem dar nas vistas, cabeças rodando mesmo assim para o observarem melhor, iluminado e iluminando de cor sangue. Um vestido. Uma vida.


http://cdn1.lostateminor.com/wp-content/uploads/2011/07/Pina-film-2.jpg


domingo, setembro 04, 2011

Pequena (grande) nota

Era só mesmo para ficar escrito. Cada vez me apaixono mais pelo Alentejo, pelo nosso país interior, pelas pessoas que aqui vivem, por tudo o que essas pessoas lutam e pela força de vontade com que o fazem. São pessoas admiráveis e que mereciam tudo nas suas vidas. Que eu continue a partilhar os meus dias com elas é tudo o que de momento tenho a pedir. Resumindo, mais um dia daqueles para recordar até à eternidade.


sábado, setembro 03, 2011

da minha Amiga Calamidade, que se lembrou de mim


"A tua morte é sempre nova em mim.

Não amadurece. Não tem fim.
Se ergo os olhos dum livro, de repente
tu morreste.

Acordo, e tu morreste.
Sempre, cada dia, cada instante,
a tua morte é nova em mim,
sempre impossível.

E assim, até à noite final
irás morrendo a cada instante
da vida que ficou fingindo vida.

Redescubro a tua morte como outros
redescobrem o amor,
porque em cada lugar, cada momento,
tu estás vivo.

Viverei até à hora derradeira a tua morte.
Aos goles, lentos goles. Como se fosse
cada vez um veneno novo.

Não é tanto a saudade que dói, mas o remorso.
O remorso de todo o perdido em nossa vida,
coisas de antes e depois, coisas de nunca,
palavras mudas para sempre, um gesto

que sem remédio jamais teve destino,
o olhar que procura e nunca tem resposta.
o único presente verdadeiro é teres partido."

Adolfo Casais Monteiro


(obrigado. por estares desse lado.)

quinta-feira, setembro 01, 2011

Isso.



Al: Nice-looking woman.
Robert: She isn't my type.
Al: What are you talking about? Look at yourself. You're nothing. You're nobody. You're wanted in connection with a violent crime. You're cleaning the floor of a diner. She is an intelligent, passionate, beautiful, rich woman. The issue of whether or not she's your type is not one that you're likely to have to resolve in this world... or, indeed, the next, since she will be going to some heaven for glamorous pussy, and you will be cleaning the floor of a diner in hell.
Robert: I guess so.
Al: So why are you even thinking about it?



Folga.


Ontem fez oito dias.
Hoje chove lá fora.
Costuma dizer-se que não há coincidências, e eu acredito que não haja mesmo. De qualquer forma, quando as nuvens, o céu, o sol escondido, decidem imitar o nosso estado de espírito, é dificil não ficar tentado a cair num lado mais espiritual, menos racional do nosso cérebro. Mas neste momento, tudo o que sirva para aliviar um pouco a mágoa, nem que seja um placebo do consciente, é bem-vindo e ajuda a lembrar apenas os bons momentos, o carinho e a amizade, os olhos meigos, e a vontade de nunca parar, de continuar sempre as suas caminhadas, de passear pelo meio das oliveiras que o viram crescer. É bom lembrá-lo, mesmo com lágrimas. É sempre bom lembrá-lo e vê-lo em fotos antigas, e pensar que agora a sua alma pode descansar em paz, sem necessitar de bengalas ou quejandos. Fica bem, meu querido.



(Apesar de todos estes últimos escritos carregados de tristeza, estou melhor. Melhor que há uma semana, e a melhorar com cada dia que passa. Obrigado, meus amigos e amigas, pelo carinho que me têm dado. Vocês têm sido o meu melhor remédio.)